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segunda-feira, 15 de maio de 2023

Cresce o número de doenças intestinais crônicas

Para chamar a atenção da população para a conscientização e para o diagnóstico precoce das doenças inflamatórias intestinais, como a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa, o mês de maio ganhou a cor roxa. No mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) já são mais de 5 milhões de pessoas com essas patologias. 

De acordo com o clínico geral Valdir Russo, do hospital Santa Casa de Mauá, essas doenças são silenciosas e mesmo sendo crônicas, sem cura, possuem tratamentos eficazes que garantem a boa qualidade de vida do paciente. “As causas são desconhecidas, mas sabe-se que estão ligadas a uma pré-disposição genética e a fatores ambientais, dieta e tabagismo. E, por não se conhecer a causa exata, o diagnóstico precoce é muito importante”, alerta o especialista. 

As doenças inflamatórias intestinais podem ser leves ou graves, evoluírem para o desenvolvimento de câncer de intestino e até levar à morte. Na doença de Crohn há a inflação intestinal crônica e o comprometimento de todo o sistema digestivo, da boca ao ânus, além do intestino delgado e o cólon.  

Entre os sintomas está a fraqueza, que ocorre em razão da dificuldade na absorção de nutrientes; dores abdominais, diarreia, perda de peso e febre. Nos casos mais graves são comuns as aftas, inflamação nos olhos, lesões na pele, pedras nos rins e na vesícula. 

“Assim que o paciente notar algum dos sintomas, é preciso procurar atendimento médico, pois não há um exame específico para o diagnóstico, o qual se baseará em histórico clínico, exames físicos, de sangue e de imagem, incluindo a endoscopia digestiva e a colonoscopia. 

Os sintomas da retocolite ulcerativa são parecidos com os da doença de Crohn e o diagnóstico ocorre da mesma forma. A doença ainda apresenta inflamação do cólon, diarreias frequentes com sangue e muco nas fezes. Nos casos mais avançados podem surgir anemia, fraqueza e febre. 

Ambas as doenças acometem homens e mulheres e são mais comuns em adolescentes e adultos jovens, de 15 a 40 anos. O tratamento varia conforme cada caso e envolve  controle do processo inflamatório e dos sintomas, com medicação e dietas à base de vegetais cozidos, carnes magras, frutas sem casca e cereais sem glúten – tais alimentos por terem digestão mais fácil aliviam a inflamação do intestino. No entanto, é aconselhável evitar alimentos gordurosos, com lactose, açúcar refinado, doces, bolos e leguminosas.  

“Um dos grandes vilões para essas patologias é o tabagismo e, inclusive, estudos apontam que fumar é um risco para o seu desenvolvimento e agravamento dos sintomas”, explica o clínico geral Valdir Russo.  

 

Hospital Santa Casa de Mauá
Avenida Dom José Gaspar, 1.374 – Vila Assis – Mauá – telefone (11) 2198-8300.
https://santacasamaua.org.br/

 

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