Especialista dá
dicas para quem deseja fazer a transição de área
Conquistar uma vaga no mercado de trabalho pode ser
desafiador muitas vezes. Em 2022, a taxa de desemprego chegou a bater 9,3% e
agora atinge cerca de 9,5 milhões de brasileiros, segundo o IBGE. Na contramão
do cenário que atingia todos os setores no país, a área de tecnologia se
manteve em alta, com cerca de 20 mil vagas abertas, segundo a Catho, site de
classificados de vagas, e com dificuldade em preenchê-las por falta de profissionais
qualificados.
Observando o cenário, muitas pessoas pensam em
fazer a migração de profissão, mesmo dentro do setor de atuação, aproveitando
as vagas que melhor se encaixam em suas expectativas profissionais.
É o caso da Giovanna Linda, desenvolvedora front-end
há mais de dois anos, que fez a migração para a área de UI/UX Design. “Eu gosto
muito de ser desenvolvedora, mas percebi um mercado muito saturado na função,
com muitas oportunidades, mas também muita concorrência. Como já tinha contato
com a área de design em outros trabalhos, percebi uma grande oportunidade”,
explica a profissional.
A área de TI é muito cogitada porque, além de ter
centenas de vagas abertas no mercado, ainda possibilita uma remuneração
atrativa e a possibilidade de atuação em empresas internacionais. Com todas
essas vantagens, muitos profissionais buscam dicas de como fazer a transição
dentro do setor, para garantir a atuação em uma das áreas em alta no país em
funções com mais procura pelas empresas.
Para Bruno Rey, cofundador da Hypesoft, consultoria
global especializada em soluções de tecnologia, alguns passos são essenciais
para que a transição tenha sucesso. O primeiro apontado pelo especialista é a
de pesquisa de área. “O ideal é que a pessoa busque saber quais são as
funções e formações necessárias para a nova área. É preciso ver se há
identificação de fato com a nova função e se o seu conhecimento prévio está ou
não condizente com o que as vagas estão procurando”, explica.
Outra dica é conseguir se desenvolver em áreas que
abranjam mais funções solicitadas pela maioria das vagas, como os chamados freetechs, aqueles
profissionais que conseguem atender mais de uma demanda como front-end e
back-end. “Percebemos um interesse maior para profissionais que combinem mais de um
conhecimento e experiência. Até mesmo quando já é um profissional sênior em
determinada tecnologia e se mostra aberto a aprender uma nova que está
surgindo. Toda a experiência não é perdida e é sempre muito bem-vinda!”, comenta
Bruno.
É também preciso se inserir no mercado de trabalho.
Buscar experiências é essencial para garantir um começo de carreira estruturado
e aprimorar as teorias que aprendeu, colocando-as em prática. “O mercado
de TI é muito aberto para novos profissionais e, desde a colocação júnior, a remuneração
se mostra bastante atrativa”, completa. Porém, o executivo alerta
sobre a colocação não ser de cara a que o profissional está acostumado.
E, por fim, vale lembrar que, caso o profissional
tenha interesse em migrar para outras áreas, a recomendação é a mesma. “Seja qual
for a experiência atual do profissional ou a área escolhida para migração, as
dicas devem ser seguidas. É preciso ter paciência nessa transição, já que
muitas vezes o profissional de anos de experiência em uma área vai precisar voltar
um ou dois passos e aprender de novo em uma nova tecnologia. De qualquer forma,
esse crescimento se mostra acelerado e a dedicação tem um retorno rápido ”,
finaliza Bruno.
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