Para o médico Hugo Gatto, treinos moderados, sono e
alimentação são principais aliados para imunidade alta
Os
benefícios da prática de exercícios físicos para a saúde já são bastante
conhecidos e durante a pandemia, ficou ainda mais claro a importância de se
exercitar para fortalecer o sistema imunológico. Com o número de casos de
Covid-19 voltando a subir em todo o país e uma possível nova onda da doença,
manter a imunidade alta passa a ser uma preocupação, ainda mais quando casos
graves do coronavírus estão associados ao desequilíbrio do sistema imune
mediada por moléculas de ATP, de acordo com estudo publicado na revista Frontiers
in Immunology, conduzido por pesquisadores da USP. Para o médico Hugo
Gatto, pós-graduando em Medicina do Esporte, os exercícios são uma forma de
proteção, mas precisam ser moderados para não causar efeito contrário. Freepik
Dr.
Hugo ressalta que não é recomendado exceder o limite de 7 horas de exercícios
por semana. “Atletas de alta performance fazem uma carga de treinamento que é
excessiva, então acaba que o sistema imune abaixa, devido ao alto desgaste e
estresse metabólico”, comenta o especialista. O médico alerta também para a
importância de uma boa noite de sono e uma alimentação equilibrada, que
associados a treinos regulares -- aquela mais leve, de 1 hora por dia,
contribui para o fortalecimento do sistema imune. “Práticas como nadar, pedalar
e correr aumentam a imunidade especificamente no sistema respiratório, foco
primário da covid-19”.
O
médico explica que os exercícios também estão estritamente ligados à diminuição
do estresse oxidativo, que é o desbalanço entre radicais livres e antioxidantes
em nosso corpo, que pode ocasionar sérios riscos à nossa saúde, como
envelhecimento precoce e morte celular, além de doenças. “O estresse oxidativo
pode gerar consequências que se agravam em condições patológicas como a Síndrome
Aguda Respiratória Severa”, diz Hugo.
Somado
a isso, já existem estudos que comprovam essa relação direta. Uma pesquisa
realizada pela organização Kaiser Permanente, publicado no British Journal of
Sports Medicine, observou quase 50 mil adultos com coronavírus. Os resultados
demonstraram que aqueles que realizavam pelo menos 150 minutos de atividade
física moderada por semana, apresentaram incidências significativamente menores
de hospitalização, admissão em UTI e morte devido à Covid-19.
No entanto, o médico pós-graduando em Medicina do Esporte pontua que o sedentarismo não agrava somente casos de Covid-19, como também de outras enfermidades. “O quadro agudo do coronavírus pode ser um dos muitos malefícios causados pelo sedentarismo. Outras doenças como diabetes, derrames, alguns tipos de câncer e problemas cardiovasculares também são agravados pelo comportamento sedentário. Ou seja, a pratica de exercícios é essencial para uma vida longa e saudável”, finaliza Hugo Gatto.
Hugo Gatto
- Graduado em medicina pela FURB (Universidade
Regional de Blumenau), o Dr. Hugo Gatto tornou-se referência em implantes
hormonais, além de contar com pós graduação em andamento em Nutrologia e
Medicina do Esporte. Hugo também está à frente da clínica, Instituto Gatto,
referência em reposição hormonal, emagrecimento e hipertrofia.
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