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quinta-feira, 24 de novembro de 2022

Voz e a audição nos jogos da Copa

 

Voz e a audição nos jogos da Copa

 

Dia de jogo é dia festa! Gritos, fogos, música, buzinas e junto com todas as emoções das partidas aparecem também os primeiros sintomas de alteração vocal, como cansaço, ardor ou dor ao falar, falhas na voz, mudança de tom, pigarro e rouquidão, dor de garganta, dor de ouvido, zumbido e sensação de surdez. Para driblar o problema e lidar com os prejuízos comuns nesta época festiva, o médico otorrinolaringologista Bruno Borges de Carvalho Barros, da capital paulista, revela algumas dicas e cuidados importantes. 

Ele afirma que quando a voz falha ou a rouquidão aparece não se deve sussurrar! Isso porque o sussurro pode provocar um esforço extra nos músculos do aparelho fonador e piorar as características da voz que já estão prejudicadas. Nesta época festiva, é comum o consumo de álcool e dieta fora do padrão, o que pode levar a refluxo gastro-esofágico. O refluxo associado ao abuso vocal, favorecem às lesões nas pregas vocais. 

“Em casos de rouquidão ou afonia, poupe a voz, usando-a somente quando necessário, procure articular bem as palavras, além disso é essencial hidratar-se principalmente nos dias mais secos”, diz o especialista. Se a rouquidão permanecer por mais de uma semana, é essencial a visita a um otorrinolaringologista. 

A perda auditiva também está entre uma das deficiências mais comuns e que pode aparecer durante a Copa do Mundo. Dr. Bruno explica que todo mundo pode ter perdas auditivas por exposição excessiva ao ruído (fogos, cornetas, apitos e afins) -- mesmo que a festança dure apenas um mês. “O mais importante é cuidar da audição para que ela permaneça intacta e permita desfrutar todos os sons até que os jogos se acabem. Para isso, algumas dicas simples podem se tornar essenciais”, diz. 

  • Evite ambientes barulhentos por muito tempo e se a festa for na sua casa não abuse dos barulhos próximos das orelhas de seus familiares e convidados, principalmente em lugares fechados -- vá às janelas ou até às portas para tocar as buzinas, por exemplo;
  • Para os mais velhos é importante utilizar sempre os acessórios de proteção auditiva (EPI) quando estiverem em exposição a ruídos mais intensos;
  • Coloque a música em volume abaixo da metade da capacidade dos aparelhos;
  • Cuidado com a música em ambientes com ruído de fundo. Neste caso é comum ultrapassar o limite saudável para os ouvidos.
  • Após exposição ao ruído intenso, pode aparecer sensação de “ouvido tampado”, zumbido e perda de audição.
  • Se perceber dificuldade em entender ou grande necessidade em aumentar o volume da televisão, procure um especialista para fazer um exame de audição. Quanto mais cedo se cuidar, melhor!

 Para finalizar, ele comenta que a prevenção é o melhor remédio. “Perdas de audição são irreversíveis e poucas mudanças de hábito já surtem excelentes efeitos benéficos para a saúde auditiva. Lembre-se de que ouvir é um privilégio”, finaliza.

  

FONTE:  Bruno Borges de Carvalho Barros. Médico especialista em otorrinolaringologia pela Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e cirurgia cervico-facial. Mestre e fellow pela Universidade Federal de São Paulo.

 

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