Esses estudos nos confirma que nossas células gliais devem estar sempre funcionando corretamente, pois, sem elas, os neurônios não resistiriam
Pensamos, talvez, que o cérebro é feito apenas de neurônios pela
razão de existir 86 bilhões deles, entretanto, a mente humana também
contém 85 bilhões de outras coisas, como, por exemplo, células
gliais.
Em 1858, o patologista
alemão, Rudolf Virchow ao se deparar com essas células
presentes em nosso cérebro, as chamou de neuróglia. Até então,
o pesquisador acreditava que sua descoberta apenas funcionava como uma
espécie de cola que segurava todos os neurônios no lugar.
Esta definição dada pelo estudioso
nos confirma que nosso cérebro não é feito apenas de neurônios e que sua
ideia perdurou até o século XX quando Camillo Golgi,
italiano e Santiago Ramón y Cajal, espanhol, descobriram que essa
cola, na verdade, eram células gliais divididas em 3 tipos.
1.
Astrócitos: responsáveis por monitorar a entrada de nutrientes no cérebro;
2.
Micróglia: responsável pelo combate de infecções e também por limpar o
sistema nervoso;
3.
Oligodendrócitos: essa estrutura é responsável pela proteção da “fiação elétrica”,
presente em nossos neurônios.
Qual a importância das células gliais em nosso corpo?
As células gliais, portanto, tem a função de manter o cérebro em um bom estado,
entretanto, essa descoberta foi recente para a ciência mundial.
Através dos estudos realizados pelo
fisiologista húngaro nos anos de 1960, Steven
Kuffler da Universidade de Harvard, observou que nossas células gliais
continham grande importância.
O pesquisador descobriu que a
forma mais abundante de célula glial, o astrócito, mudava de carga quando
exposto a íons de potássio e uma informação como essa foi somente
percebida quando aconteciam as sinapses dos neurônios.
A confirmação de que as células gliais conseguem estabelecer uma forma de
comunicação entre elas, foi possível através da pesquisa
realizada pela Universidade de Calgary, localizada no Canadá.
A descoberta envolveu as respostas
que os cientistas procuravam, foi possível perceber que as células
desempenham um papel importantíssimo no estabelecimento das memórias.
Neste caso, as células gliais atuam
em conjunto com os neurônios e são essenciais para nós, para o funcionamento do
nosso corpo de modo geral!
Descoberta importante
O cérebro possui um mecanismo de cicatrização
chamado astrogliose, que é muito importante para o
funcionamento do nosso cérebro.
Por sua vez, esse mecanismo, se
não funcionar corretamente, pode estar relacionado com doenças
como: esclerose lateral amiotrófica, Parkinson e Alzheimer.
Esses estudos nos confirma que nossas
células gliais devem estar sempre funcionando corretamente, pois, sem elas, os
neurônios não resistiriam.
Conforme o chefe do Departamento de
Neuroimunologia da Academia Brasileira de Neurologia, afirma que:
“A cicatrização inadequada do cérebro
é um fator importante para o desenvolvimento do Alzheimer, mas ainda não se
sabe se isso é causa ou consequência da doença”.
https://supercerebro.com.br/
Nenhum comentário:
Postar um comentário