Usar sequências numéricas e informações pessoais não são uma boa estratégia de segurança para suas senhas
Senhas costumam ser a principal barreira de acesso a aparelhos eletrônicos e a contas de e-mail, redes sociais e aplicativos financeiros. Apesar de a escolha por senhas simples ou repetidas para diferentes logins ser mais fácil de memorizar, isso também facilita a ação de terceiros que tentam invadir aparelhos e contas.
A sequência 123456 foi a senha mais usada em 2021, segundo levantamento da NordPass realizado em 50 países. No Brasil, uma pesquisa encomendada pelo C6 Bank ao Ipec revelou que 10% dos entrevistados usam sequências numéricas, como 1234, e 12% usam o próprio nome como senha.
“Senhas
devem ser confidenciais e secretas e cuidar delas é uma forma de proteger a
privacidade, além de evitar prejuízos financeiros e pessoais”, explica José
Luiz Santana, head de cibersegurança do C6 Bank. “As combinações óbvias são as
primeiras a serem testadas por criminosos e justamente por isso devem ser
evitadas.”
A inclusão de caracteres especiais, letras e números é recomendada na criação de novos logins, mas a prática nem sempre é seguida pelos usuários. Entre as dez senhas mais utilizadas no mundo, estão sequências, como 12345678, 123123, 111111 e “qwerty” — correspondente às seis primeiras letras do teclado do computador—, e a palavra “password”, que significa “senha” em inglês. Como essas combinações são muito simples e óbvias, é mais fácil para criminosos conseguirem decifrá-las e acessar os dados e contas em um smartphone perdido ou furtado.
Mesmo quem evita repetir senhas ou usa combinações mais difíceis pode estar vulnerável ao decidir enviá-la para um contato ou anotá-la em um bloco de notas. Pesquisa do C6 Bank mostrou que 21% dos entrevistados anotam senhas em blocos de notas e que 25% já compartilharam senhas de banco com familiares e amigos.
Esse hábito deixa as contas desprotegidas, uma vez que, como esses registros ficam armazenados no aparelho, uma simples busca pela palavra “senha” pode revelar os acessos e permitir invasões caso o celular caia em mãos erradas.
Por isso, além de evitar usar sequências numéricas e dados pessoais ou de pessoas próximas para criar senhas, também é recomendável não deixar essas informações anotadas e, se possível, evitar o preenchimento automático de senhas em cadastros de sites.
Para garantir uma proteção adicional, a melhor opção é não
ficar dependente apenas das senhas. Quanto mais camadas para acessar
aplicativos e informações sensíveis, melhor. Caso um aplicativo permita
autenticação em duas etapas, escolha essa opção para dificultar o acesso de
terceiros aos seus dados.
C6 Bank
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