O médico Ramon de Mello explica que esse tumor estar relacionado à herança genética
Conhecido como GIST, o tumor estromacal gastrointestinal surge, em alguns casos, associados a síndromes genéticas. “Cerca de 60% dos registros são assintomáticos, mas alguns pacientes podem apresentar manifestações cutâneas como manchas na pele ou coceira nos casos de hereditariedade, bem como hipoglicemia por produção pelo tumor de fator de crescimento, semelhante à insulina”, explica o médico oncologista Ramon Andrade de Mello, professor da disciplina de oncologia clínica do doutorado em medicina da Universidade Nove de Julho (Uninove), do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, e PhD em oncologia pela Universidade do Porto, Portugal.
A doença também pode apresentar sintomas como vômito, dor abdominal, dificuldade em engolir ou de digestão, além de anemia. Mais comum após os 60 anos de idade, esse tumor oncológico pode ser diagnosticado no estômago (60% dos registros) e no intestino (30%), bem como ao longo de todo o trato gastrointestinal. “Geralmente, o GIST é descoberto quando solicitamos exames de rotinas ou para cirurgias por outros motivos. A estratégia de tratamento depende do diagnóstico e varia de um paciente para outro”, explica Ramon de Mello.
A maioria dos tumores GIST não
apresenta uma causa definida. Porém, as condições genéticas do paciente podem
contribuir para o desenvolvimento da doença como a mutação de alguns genes,
especialmente o c-KIT, que é um receptor de proteína. “Encontrado na superfície
das células, ele pode provocar a multiplicação das células de forma anômala e
descontrolada até formar o tumor”, explica o oncologista.
Dr.
Ramon de Mello - oncologista do corpo clínico do Hospital Israelita Albert
Einstein, em São Paulo, e do Centro de Diagnóstico da Unimed, em Bauru, SP.
https://ramondemello.com.br/
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