Poucas pessoas realmente sabem o que é a hérnia de disco, a grande maioria só ouviu falar
Nos últimos tempos muitas pessoas têm falado sobre a hérnia de
disco com mais frequência que no passado. Algumas estratégias de tratamento
desse problema vão desde massagens, eletroestimulação, acupuntura, até
cirurgias. Todas elas têm por fundamento resistir à compressão e aliviar os
sintomas.
Essa patologia, que antes
era considerada algo relacionada a idosos, hoje acomete todas as idades. “Do
ponto de vista físico, hoje nossa juventude tem características dos velhos da
antiguidade. Isso se dá pelo fato de que, no passado, os trabalhos eram
essencialmente braçais. Além do trabalho, o modo de vida daquela época também tinha
uma maior demanda física, pois não existiam carros, trens, aviões, navios,
elevadores, televisão, videogame, celulares, ou seja, até se você não tivesse
um trabalho, você seria muito mais ativo do que pessoas altamente ocupadas hoje
em dia”, afirma o personal trainer Samorai, especialista em movimentos e
treinamento 3Dimensional.
O movimento tem sido
considerado um grande aliado desse tratamento, já que se torna um ótimo meio
para reabilitação ou prevenção dessa lesão. “Ao contrário das abordagens tradicionais,
no treinamento 3Dimensional não olhamos o sintoma, mas sim as causas. Toda e
qualquer lesão, seja ela hérnia, tendinite ou qualquer outra, não são causas em
si, mas resultado da quebra da harmonia do nosso corpo. Esse é um princípio
fundamental do pensamento 3D, em condições normais de funcionamento, ninguém
deveria ter hérnia”, explica Samorai.
É importante descobrir a
causa dessa hérnia. Isso pode ocorrer de duas formas: um acidente ou o
resultado de pequenas disfunções que são desenvolvidas ao longo do tempo e que
geram compensações no movimento. Por exemplo, uma pessoa que bate o carro.
Nessa batida, uma energia muito grande chega ao disco que não é capaz de
suportar e se danifica gerando a lesão. Outro exemplo diferente é uma pessoa
que nunca sentiu nada, está fazendo o que sempre fez e trava, não conseguindo
se mexer com uma dor insuportável e sem nenhuma posição que alivie.
“Para entender essa dor
temos que entender para que serve o disco. Em uma explicação mais acessível, o
disco seria como um amortecedor. Por ser uma região muito enervada, vital e
sensível do corpo, ele tem inúmeras estratégias para dispersar cargas que
poderiam chegar nesta região, comprimindo raízes nervosas ou mesmo gerando
inflamações. Essas estratégias vão desde o controle dos movimentos até a força
muscular. Se a carga passar por todas essas barreiras, ainda tem o disco para
terminar de absorver esse pouco de carga que restar”, diz Samorai.
Devido ao modelo sedentário de vida que grande parte da população tem hoje, o tempo todo os discos estão absorvendo cargas que antes seriam absorvidas pelos músculos, pela cadeia de reação, pelas amplitudes articulares, por um movimento controlado e preciso. Como a função do disco não é suportar tanta carga e com tanta frequência, ele vai se deformando até que algum dia encontre uma raiz nervosa e a dor aparece.
Samorai explica que no caso de atletas ou pessoas ativas, por
mais treinados que sejam, muitas vezes os padrões de movimento não são
perfeitos. Uma pisada como os pés rodados para fora, por exemplo, pode, e muito
provavelmente será, uma causa de hérnia de disco. Um peitoral encurtado também
ou até mesmo uma timidez. Nesse caso, a cadeia de reação é a pessoa ser tímida
e, por isso, ela se fecha projetando os ombros para frente. Essa posição
aumenta significativamente a sobrecarga na base da coluna e isso por si só já
seria potencialmente uma causa de uma hérnia.
O personal ainda afirma que de nada adianta pendurar a pessoa de ponta-cabeça ou aplicar choquinhos para aliviar a dor, se não for corrigido o problema da pisada dela que é uma das causas da lesão. Em conjunto com a analgesia, uma abordagem na causa, já que sem ela, uma cirurgia ou uma prótese não impedirá que o estresse continue chegando à região, visto que nada mudou em relação à causa.
“Resumindo, atividade física é um elemento fundamental para
prevenção, mas essa atividade tem que ser 3Dimensional, com movimentos
analisados sob essa ótica para que disfunções sejam corrigidas e esse movimento
seja realizado com controle, precisão, amplitude, força e harmonia”, conclui o
especialista.
Samorai - Criador
do Método de Treinamento 3Dimensional, Samorai é Bacharel em Esporte pela USP,
Movement Specialist pelo Gray Institute dos USA e International Educator do Gray
Institute, além de ser uma das cinco pessoas que podem ministrar cursos desse
instituto em qualquer lugar do mundo. Samorai é palestrante internacional,
estuda áreas como Antroposofia e Pedagogia Waldorf, massoterapia e quiropraxia.
Instituto
de Performance Samorai
Rua
Comendador Miguel Calfat, 437 - Vila Nova Conceição
(11)
97970-3567
@samorai3d
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