75% das pessoas
buscam detalhes e características das empresas antes de se submeterem à
candidatura de uma vaga
A aceleração da transformação digital, impulsionada
pela pandemia, trouxe um novo olhar para o processo de atração, contratação e
retenção de talentos dentro das empresas. Se antes as empresas precisavam
investir em tecnologia, hoje precisam de profissionais qualificados para atuar
em um cenário cada vez mais tecnológico.
Estudo da Associação das Empresas de Tecnologia da
Informação e Comunicação – Brasscom, revela que serão criados no Brasil ao menos
797 mil postos de trabalho nessa área até 2025. Nesse período, serão formados
267 mil profissionais e o déficit será de 530 mil vagas abertas sem
contratação.
“Em um passado não tão distante, o cargo e o
salário eram as principais fontes de atratividade para os profissionais. “Em um
mundo global, outros fatores ganham cada dia mais peso no processo de
contratação das empresas, como oportunidade de crescimento, qualidade de vida e
a imagem da empresa que se pretende trabalhar”, afirma o coordenador estadual
de tecnologia do Sebrae/PR, Vinicius Mello.
É o chamado Employer Branding, ou marca
empregadora, que é um conjunto de técnicas e ferramentas para gerar uma
percepção positiva dos profissionais em relação à empresa e ao ambiente de
trabalho. Uma pesquisa do LinkedIn mostra que 75% das pessoas buscam detalhes e
características das empresas antes de se submeterem à candidatura de uma vaga.
Mello lembra que o que importa, realmente, é como
as pessoas enxergam a sua marca empregadora e as ações que você faz para atrair
esses profissionais. No último dia 3 de maio, o Sebrae/PR promoveu o Sebrae
Experience - Employer Branding: desafios do mercado, com o objetivo de discutir
e encontrar ferramentas para que as empresas encarem o desafio de desenvolver e
manter talentos em um cenário de constante transformação digital.
Confira algumas dicas do especialista para atrair e
reter clientes na empresa:
1- Planejamento: construir uma marca empregadora
exige preparação, análise e investimento. Qual a imagem que quer passar da sua
empresa? Envolva todos os setores da empresa para que a linguagem e, claro, as
ações, sejam únicas, para promover maior envolvimento e engajamento coletivo;
2- Ouça seus profissionais: o que os colaboradores
da sua empresa pensam sobre ela? Quais os fatores que garantem a permanência
deles na empresa? Aqui vale analisar colaboradores de todos os setores,
compilar os dados e ver quais mudanças podem tornar o ambiente de trabalho mais
atrativo para as pessoas;
3- Tenha uma boa comunicação de marca! Independente
do setor em que atua, o colaborador precisa conhecer a empresa como um todo,
entender os desafios, o público e as metas da organização. Tenha um canal de
comunicação de apresentação da empresa, com meios para tirar dúvidas e ouvir
seus colaboradores;
4- Proporcione experiências. Olhe para seu
colaborador como um todo, como ele integra a vida pessoal e profissional. Quais
seus planos de vida e carreira? Vemos hoje uma gestão de pessoas cada vez mais
personalizada, a empresa precisa ter meios para oferecer ferramentas, sejam
cursos de desenvolvimento, um horário diferenciado, alguns dias no home office
– que atendam as expectativas de cada um, de forma individualizada.
Mello lembra que atualmente os profissionais querem trabalhar com pessoas que agreguem conhecimento, em um ambiente saudável e que proporcione crescimento. “Você trabalharia na sua empresa? Quais são os atrativos para que o profissional deseje trabalhar nela? Aqui está o ponto de partida para inserir ações de Employer Branding”, finaliza.
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