Mais que a excelência em todas as tarefas realizadas, a perfeição exagerada pode causar danos e diminuição da autoestima
Tudo que um perfeccionista quer é
realizar suas atividades com perfeição, mas, geralmente, esse desejo é para se
proteger das críticas, rejeições e desaprovações. Ter esse traço pode ter o seu
lado positivo, porém essa necessidade pode causar danos à saúde mental.
O psicólogo e professor da UNINASSAU
Caxangá, Amaro Ferreira, comenta que o perfeccionista tem uma necessidade de
atingir os altos e rígidos padrões criados por ele mesmo. "A pessoa tende
a seguir regras e, constantemente, realiza autoavaliações que são muito
rigorosas, nas quais ela se menospreza e se culpa, porque nunca está satisfeita
com sua performance", esclarece.
O lado positivo do perfeccionismo está
no alcance de objetivos, aperfeiçoamento de habilidades e na dedicação e
determinação que são despertados no indivíduo. No entanto, na maioria dos
casos, ela passa de uma necessidade saudável e se torna uma obsessão. "Os
padrões de um perfeccionista são tão altos que nem ele mesmo consegue alcançar,
por isso acaba se frustrando e acreditando ser incapaz", comenta.
As pessoas que possuem perfeccionismo
tendem a demonstrar medo constante, frequentes frustrações, busca pela opinião
alheia, autossabotagem e pensamentos extremistas. "Quem possui esse traço
não gosta de decepcionar ninguém. Ele gosta de ter tudo sob controle. Desta
forma, não admite que alguém não se agrade de alguma tarefa e tenta sempre
provar a sua habilidade", explica.
O psicólogo é o especialista mais
indicado para equilibrar o desejo da perfeição, entendendo qual a sua origem e
os estados emocionais atrelados e tratar os males que ela causou. “Não há
problema em buscar a excelência para atingir metas, seja na vida profissional
ou acadêmica, mas é importante estar atento para não cometer danos a sua saúde
mental”, alerta.
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