Estrategista em
comunicação explica como corrigir falhas na oratóriabr.freepik.com
Uma pesquisa realizada pela revista britânica The
Economist, chamada ‘Barreiras de Comunicação no Ambiente de Trabalho Moderno’, constatou
que a comunicação vai muito além da fala. Os entrevistados relataram que a
falta de um diálogo eficiente neste cenário causou atrasos ou erros na
conclusão de projetos, levou à redução de vendas, e contribuiu para seu
estresse e desânimo. Não é à toa que a comunicação é hoje uma das habilidades
mais valorizadas por empregadores.
Para Fabiana Teixeira, estrategista de comunicação
e repórter com experiência nas maiores emissoras do Brasil, primeiro é preciso
entender que a oratória não é uma questão de dom, como as vezes é vista, mas
sim de treino. “Falar todos podemos, mas para se comunicar e passar com sucesso
uma mensagem, é necessário prática e estratégia,” explica.
Com o mercado cada vez mais competitivo, o
destaque que uma boa forma de comunicação traz é necessário e muito procurado
por empresas em geral, tanto para passar da fase de uma entrevista, quanto para
manter o emprego depois de conquistado.
Pensando nisso, Fabiana dá 5 exemplos de erros
comuns que podem ocorrer ao se expressar no ambiente de trabalho, e como
corrigi-los:
- Não
olhar nos olhos
Por mais que você seja tímido, falar olhando nos
olhos do outro é algo imprescindível no trabalho, já que o ato demonstra
seriedade e interesse no diálogo e caso não feito, pode fazer você parecer pouco
comprometido. Comece praticando com pessoas mais próximas, depois com pessoas
estranhas e em ambientes sem pressão, como um restaurante ou supermercado. Você
vai ver que fica cada vez mais fácil.
- Não
sorrir
Pode ser que você esteja nervoso, ou até ache que
ser sério vai transmitir respeitabilidade, e por isso feche o seu semblante,
mas tente pelo menos manter sempre uma feição agradável e simpática. Quem não
te conhece, como é o caso de uma entrevista de emprego por exemplo, pode ter
uma primeira impressão de antipatia de sua parte. O sorriso abre portas.
- Usar
vícios de linguagem
O uso de gírias ou expressões como ‘né’ ou ‘tipo’
devem ser evitadas, elas enfraquecem a mensagem. A melhor forma para eliminar o
vício de linguagem é perceber o uso excessivo dele. Procure se observar, grave
áudios e reconheça o seu perfil comunicador. Procure substituir o ‘né’, ‘então’
e ‘tipo’ por pequenas pausas, o que deixa a comunicação muito mais assertiva.
- Postura
pouco confiante
Gaguejar, precisar se explicar várias vezes para
ser entendido ou ficar com uma postura muito curvada, passam a sensação de
falta de confiança, mesmo que você seja uma pessoa confiante.
Sua atitude e maneira de se portar fazem muita
diferença em como a pessoa do outro lado irá te ouvir e se ela irá te levar a
sério. Tente escrever o que pretende falar e ensaie, seja sozinho ou com alguém
que se sinta à vontade. Falar bem é treino.
- O
corpo grita
O que fazer com as mãos? Elas acompanham a nossa
fala, mas devem ter movimentos contidos, nada que chame mais atenção do que a
mensagem. Braços cruzados costumam afastar as pessoas e pernas nervosas,
balançando, demonstram ansiedade. Tudo comunica, e a linguagem corporal pode
ser aliada ou vilã.
Fabiana Teixeira - jornalista formada pela
PUC-SP e tem experiência como repórter em emissoras como Record TV, TV
Bandeirantes, Rede TV e TV Cultura. Também é especialista em Comunicação
Empresarial, Branding e posicionamento de marcas pela ESPM, e Marketing Digital
pela Universidade de Columbia, em Nova York.
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