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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

Mudanças de cor do leite materno: consultora Internacional de Lactação esclarece os motivos

Além da alimentação da mãe, os nutrientes escolhidos são os grandes influenciadores na variação


Existem diversos processos de aprendizado dentro da maternidade, tanto para a mãe quanto para o bebê. A amamentação é um deles, e muitas perguntas giram em torno desse ato tão essencial para a vida humana. Uma das dúvidas mais frequentes para a mulher, por exemplo, é porque o leite materno possui cores diferentes em algumas ocasiões.

A cor do leite pode variar, ainda que sejam leves alterações entre uma tonalidade e outra. Segundo Cinthia Calsinski, enfermeira obstetra, doutora em enfermagem e consultora de assuntos relacionados à maternidade e gravidez da V-Lab - healthtech que oferece soluções de tecnologia com foco em saúde diagnóstica - na maior parte das vezes essa mudança acontece pela alimentação da mãe, mas não só.

“Alguns já devem ter escutado falar que os anticorpos mudam a coloração do leite, mas isso é mito. De fato, nele há anticorpos a todo instante, só que na verdade, isso não influencia na pigmentação. O fator determinante é a alimentação da mulher. Se ela consome uma grande quantidade de verduras e legumes verdes, existem chances desse leite ter uma coloração esverdeada/azulada. É normal e esperado mesmo”, explica a especialista.

Cinthia que além de doutora em enfermagem, também é Consultora Internacional de Lactação (IBCLC), segue esclarecendo que “o primeiro leite é chamado de colostro, que é mais amarelado pela presença do carotenoide — pigmentos vermelho, alaranjado ou amarelado encontrado, naturalmente, em raízes, folhas, sementes, frutas e flores —, que é transformado em vitamina A. Depois disso acontece a apojadura, algo que chamamos de ‘descida do leite’, que ocorre por volta do terceiro dia, quando o leite começa a ser mais branco”, conta.

A cor do leite materno pode mudar até mesmo durante a mamada, começando com a coloração parecida com água de coco e alterando o tom aos poucos. “Esse leite ‘água de coco’ é muito rico em anticorpos. No meio da mamada começa o aumento da produção de caseína, que faz com que a coloração fique mais branca e opaca. Já no fim, a cor fica mais amarelada pela maior quantidade de gordura, que é o que dá saciedade à criança”, informa Cinthia.

No geral, as mudanças nas cores do leite materno são normais, e não há motivos para se preocupar se seu bebê mama, naturalmente. Entretanto, a enfermeira acrescenta que se “seu leite persistir com cor esverdeada, vermelha ou marrom, é, extremamente, necessário buscar um profissional de saúde”, finaliza.

 


V-lab - healthtech que oferece soluções de tecnologia com foco em vídeo para saúde diagnóstica e telemedicina e que auxilia a medicina diagnóstica a se estruturar para o futuro.


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