O Brasil segue dando respostas
rápidas à população no monitoramento da pandemia de Covid-19. Logo nos
primeiros indícios sobre a chegada da Ômicron ao país, o Ministério da Saúde
montou uma sala de situação para monitorar o cenário epidemiológico da variante
e avaliar os riscos para a adoção das medidas necessárias. Nesta quinta-feira
(2), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, visitou as instalações, conversou
com o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, técnicos e
autoridades sanitárias sobre as variantes do vírus, em especial a Ômicron.
Queiroga reforçou a atuação do Brasil
na vigilância e sequenciamento genético do coronavírus. “Digo e repito: a
segurança da população brasileira é o Sistema Único de Saúde, o SUS. Pela sua
logística, ele tem que trabalhar de forma integrada com estados e municípios. É
a força desse conjunto que vai dar o que a sociedade precisa. Neste momento, é
necessário que a população brasileira confie ainda mais nas autoridades
sanitárias”, disse.
O secretário de Vigilância em Saúde,
Arnaldo Medeiros, afirmou que o Ministério da Saúde continuará trabalhando para
aumentar a cobertura vacinal, aplicar a dose de reforço na população, reforçar
a vigilância laboratorial e minimizar a disseminação das variantes.
“Nós temos reforçado cada vez mais o
aumento da vigilância genômica, que é extremamente importante como instrumento
para o monitoramento do padrão da circulação das variantes. Nós já adquirimos
sequenciadores genéticos para todos os estados do país. Esse é um dos exemplos
do esforço do nosso Ministério para aumentarmos a vigilância genômica”,
afirmou.
Para intensificar ainda mais a
capacidade de realizar o exame de sequenciamento genético, necessário para
identificar a presença de variantes do vírus, o Ministério da Saúde reforçou a
estrutura dos Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacen) dos estados, que
têm capacidade para analisar 10 mil amostras sequenciadas por mês.
Até o momento, a variante Ômicron já
foi detectada em 26 países e totaliza 326 amostras positivas. Evidências
científicas apontam que a variante possui um índice de transmissibilidade maior
que as outras, mas não há estudos comprovados sobre a sua severidade. Além
disso, o diagnóstico laboratorial da variante não foi comprometido. Isso
significa dizer que as atuais tecnologias de testagem são suficientes para a
sua detecção.
Atualmente, cinco casos da variante
Ômicron foram confirmados no Brasil, sendo três em São Paulo, dois no Distrito
Federal. Oito casos estão sob investigação, sendo um em Minas Gerais, um no Rio
de Janeiro e seis no Distrito Federal. Todos os pacientes seguem monitorados
pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) de cada
estado.
Segundo Queiroga, ainda que não haja
evidências científicas sobre a resposta vacinal contra a nova variante, vacinar
ainda é a melhor saída, uma vez que o Brasil registrou uma queda de 92,57% na
média de óbitos desde o pico da pandemia, registrado em 19 de abril. Nesta
quinta, o País chegou à marca de 90% do público-alvo vacinado com a primeira
dose da vacina Covid-19. Ao todo, 159,3 milhões de brasileiros iniciaram o
ciclo vacinal contra a doença e 79,03% completaram o esquema com as duas doses
ou dose única.
Sala
de situação
Os principais objetivos de uma sala
de situação são monitorar e adotar medidas de prevenção e controle referente a
variante; registrar casos suspeitos e confirmados; e monitorar a cobertura
vacinal no mundo e no Brasil, para resposta rápida e contenção da variante.
A equipe formada pelo Ministério da
Saúde para atuar na Sala de Situação é composta por técnicos da SVS, CGEMSP,
Rede CIEVS, CGLAB, GT-Covid. Os técnicos e especialistas dos órgãos farão o
acompanhamento diário e atuarão em esquema de plantão no monitoramento do
cenário da nova variante. Serão divulgadas tabelas diárias com dados mundiais e
nacionais, evidências sobre a gravidade da doença, transmissibilidade e
reinfecção, dados referentes à eficácia das vacinas, testes laboratoriais e
tratamentos atuais.
Fernando
Brito e Mahila Lara
Ministério da Saúde
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