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quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

Rinite afeta cerca de 30% da população brasileira


Rinite é uma inflamação da mucosa nasal causada pela ação de agentes infecciosos, alergênicos ou de hiper-reatividade. Infelizmente, as temperaturas baixas aumentam os sintomas.

A rinite pode ser classificada em rinite alérgica, não alérgica e infecciosa. Rinite alérgica é a mais comum, caracterizada por um processo inflamatório crônico da mucosa nasal causada por alérgenos.

O otorrinolaringologista Dr. Alexandre Colombini explica mais sobre tratamentos e dicas de prevenção sobre essa doença, que atinge certa de 30% da população brasileira. 

“Acredita-se que um em cada três indivíduos apresentem processo alérgico ativo e que três em cada quatro indivíduos desenvolvem reação alérgica pelo menos uma vez na vida”, explica Colombini, que acaba de lançar um e-Book gratuito (https://www.dralexandrecolombini.com/ebooks),com  participação especial do Dr. Bactéria, o biomédico Roberto Martins Figueiredo.

No livreto online, Dr. Alexandre ressalta os sintomas característicos de rinite alérgica, entre os quais rinorreia (secreção nasal excessiva), prurido, congestão nasal e espirros. E ressalta que pode ocorrer: edema periorbitário, tosse seca, dispneia e disfonia. 

“Em alguns pacientes, pode desencadear sinusite, otite média, conjuntivite, faringite, laringite e asma. Os pacientes também podem descobrir reações cruzadas, por exemplo, os alérgicos a pólen da bétula podem descobrir que também são alérgicos à casca de maçã. Um sinal claro dessa ocorrência é a presença de prurido na garganta após ingerir uma maçã, ou mesmo espirros após descascar esta fruta. Isso ocorre devido às semelhanças das proteínas do pólen e dos alimentos. Há muitas substâncias com reações cruzadas” ressalta o médico.

Segundo o otorrino, para o diagnóstico, é preciso fazer uma boa consulta e realizar exame físico cuidadoso. O tratamento da rinite alérgica consiste em quatro estratégias principais:



1. Medidas para controlar o ambiente e evitar alérgenos

Evitar o máximo possível a exposição a alérgenos como pólen, ácaros e mofo.



2. Farmacoterapia: Anti-histamínicos orais, anti-histamínicos associados aos descongestionantes, outros fármacos como corticosteroides orais e tópicos nasais e antileucotrienos. Geralmente, para o tratamento da rinite alérgica, os anti-histamínicos de segunda geração são preferíveis aos de primeira geração. 



3. Imunoterapia: Este tratamento pode ser considerado mais eficaz nos casos de difícil controle, quando há resposta inadequada às outras opções de tratamento e na presença de comorbidades ou complicações. Frequentemente, a imunoterapia é combinada com a farmacoterapia e o controle do ambiente.



4. Cirurgia: Embora não haja um tratamento cirúrgico para a rinite alérgica, a cirurgia pode ser indicada no tratamento de comorbidades, como obstrução nasal por desvio do septo importante ou hipertrofia do corneto nasal inferior, hipertrofia de tonsilas faríngeas ou sinusite refratária e suas complicações. 

“A melhor prevenção da reação alérgica é evitar os alérgenos que a causa, além do controle ambiental, protegendo-se de ácaros e fungos. Em algumas situações pode ser útil evitar também o contato com animais de estimação. A educação dos pacientes, familiares e outros indivíduos próximos a ele é um elemento fundamental para promover aderência terapêutica e melhorar os resultados do tratamento da rinite alérgica”, finaliza Dr. Alexandre Colombini. 

 

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