Além de garantir a segurança do
motociclista e dos demais usuários da pista, a revisão periódica pode aumentar
a vida útil do veículo
Com a proximidade do verão, muitos motociclistas aproveitam o clima quente para pegar a estrada e curtir o vento no rosto sobre duas rodas. Contudo, além da atenção básica para a quantidade de combustível no tanque, estado dos pneus e calibragem recomendada pelo fabricante, é muito importante verificar se o veículo está em boas condições de uso antes de viajar, principalmente se a motocicleta não estiver sendo usada frequentemente.
“Ao assumir a direção de qualquer veículo, é extremamente importante ter em mente que alguns cuidados devem ser tomados, principalmente referente a manutenção das peças e da dirigibilidade”, aponta Rodrigo Villatore, analista de produto da Laquila, empresa líder do mercado de motopeças na América Latina. “Se a motocicleta estiver com pneus excessivamente desgastados, por exemplo, as chances de acidente aumentam consideravelmente”, diz.
Contudo,
engana-se quem pensa que a revisão está apenas relacionada com a segurança do
motorista e dos demais usuários da pista. Ao cumprir com o cronograma de
revisão, a maior vantagem é o aumento da vida útil do veículo. “Todas as
motocicletas comercializadas atualmente possuem no manual do proprietário uma
tabela de manutenção periódica para garantir uma maior durabilidade e condições
de dirigibilidade”, comenta o especialista.
Kit
transmissão
O
kit transmissão, também conhecido como kit relação, com folga excessiva ou
desgaste pode resultar em uma corrente quebrada com risco de queda ao
motociclista. “Devido à falta de regulagem, a corrente pode pular e travar a
roda traseira”, alerta Villatore. Vale ressaltar que tanto a regulagem quanto a
lubrificação devem ser realizadas conforme especificação do fabricante. “Hoje,
o mais recomendado para lubrificação é o óleo SAE 90 ou 80, por sua capacidade
de se manter entre os elos durante o trabalho do conjunto de transmissão”,
explica.
Óleo
no motor
Quando
falamos em lubrificação do motor, o analista de produtos da Laquila ressalta
que o óleo lubrificante possui uma data de validade, mesmo que a motocicleta
não rode a quilometragem que o fabricante coloca como limite. “Se o manual do
proprietário de uma CG 160 recomenda verificar o óleo do motor diariamente e
sua troca a cada 6 mil quilômetros ou 6 meses, o que vencer primeiro, é sempre
bom ficar atento a data também da troca do óleo do motor”, diz. “Caso sua
motocicleta seja apenas para uso casual, é bem provável que a troca de óleo
tenha que ser efetuada pela validade de data”, complementa.
Vela
de Ignição
Por
ser um dos principais componentes responsáveis pela queima assertiva da massa
de ar/combustível dentro da câmara de combustão, é sempre recomendado verificar
o estado da vela. “Antes de pegar a estrada, o motociclista precisa conferir se
o GAP (distância entre eletrodo lateral e central) está correto conforme manual
e se a vela não está carbonizada ou até mesmo desgastada, ocasionando uma
queima ineficiente ou falha”, aponta.
Cabos
de Comandos
Todos
os cabos, sejam eles de acelerador, embreagem ou de freios, necessitam de uma
atenção especial para que não estejam partidos, com fios rompidos ou até mesmo
travando. Neste caso, Villatore recomenda levar a motocicleta para uma revisão
com um mecânico de confiança.
Pastilhas
e/ou Lonas de Freio
Uma
viagem segura é aquela que permite ao motociclista parar a motocicleta
instantaneamente em um caso de emergência. Para o especialista, um detalhe
importante é verificar o desgaste das pastilhas ou lonas de freios para que não
exista o risco de ficar sem freio no meio da estrada.
Filtro
de Ar
Responsável por entregar a massa de ar para a câmara de combustão, é necessário verificar esse componente para que não esteja sujo, obstruído ou com sua validade vencida, assim evitando que a motocicleta tenha um consumo excessivo ou falhas
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