Com
a proximidade do verão e as temperaturas mais altas, não é somente a pele que
exige cuidados redobrados. Os olhos também merecem atenção especial em razão
dos surtos de conjuntivite. De acordo com o oftalmologista Norton Sakassegawa
Yanagimori do Hospital Santa Casa de Mauá, nesse período do ano a mais comum é
a conjuntivite viral, causada pelo adenovírus e é altamente contagiosa.
Apesar de apresentar sintomas parecidos com a conjuntivite comum, a de verão
tem diferenças na forma do contágio e propagação, que estão ligadas aos hábitos
das épocas mais quentes como piscinas e praias; exposição prolongada ao sol,
sauna e ar condicionado, além de mais partículas que ficam suspensas no ar,
irritando os olhos e facilitando a entrada de microrganismos.
Os tipos de conjuntivite são bem parecidos, diferenciando-se apenas pelos
agentes causadores. A doença consiste em uma inflamação da conjuntiva -
membrana que reveste a parte da frente do globo ocular e o interior das
pálpebras. Entre os sintomas mais comuns estão olhos vermelhos e lacrimejantes;
pálpebras inchadas e grudadas ao acordar; sensação de ter algo nos olhos;
fotofobia; secreção e coceira.
Além do tipo viral, a alérgica também pode ser comum no verão e pode afetar
ambos os olhos. Ela é causada por pólen, pelos de animais ou poeira e,
normalmente, afeta pacientes com rinite ou bronquite. Esse tipo de conjuntivite
não é transmissível. Já a bacteriana tem menos frequência e sua transmissão é
mais difícil. O que a diferencia é a cor da secreção produzida pelos olhos -
amarelada ou esverdeada.
A fim de evitar a propagação da doença, a pessoa contaminada precisa estar
atenta a algumas recomendações como não coçar os olhos; lavar as mãos várias
vezes ao dia ou sempre que colocar a mão no rosto; não frequentar piscinas ou
praias; não compartilhar maquiagens e utilizar óculos de sol.
Assim que aparecerem os primeiros sintomas, o ideal é consultar um
oftalmologista, pois cada tipo da doença deve ser tratado de maneira diferente,
apesar dos sintomas serem semelhantes. “O tratamento inadequado é muito
perigoso e vale destacar que o uso de alguns colírios que proporcionam alívio
dos sintomas podem causar catarata e glaucoma. Por isso, o uso de todo
medicamento deve ser monitorado pelo médico”, orienta o especialista Fernando
Naves.
Hospital
Santa Casa de Mauá
Avenida
Dom José Gaspar, 1374 - Vila Assis - Mauá - fone (11) 2198-8300.
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