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quinta-feira, 23 de dezembro de 2021

 

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Exagerou nos comes e bebes de fim de ano? Especialistas dão dicas para aliviar os sintomas


Consumo descontrolado de comida e bebidas nas comemorações de Natal e Réveillon pode trazer prejuízos à saúde 


Além do significado simbólico, o Natal é uma data muito aguardada pelas comidas típicas. Poucos dias depois, vem o Réveillon, ocasião ainda mais festiva e regada a taças de espumante. De maneira geral, o fim do ano é uma época propícia para quem costuma “enfiar o pé na jaca” e fugir da dieta, mas os efeitos da comilança e dos drinques podem não ser tão animadores durante os dias seguintes. 

Dentro de um curto prazo, por exemplo, o exagero pode trazer desconfortos abdominais, refluxo, queimação, quadros de enxaqueca, prisão de ventre e diarreia. Aumentos no nível de glicose no sangue e da pressão arterial também podem ocorrer, assim como a retenção de líquido. 

“A médio e longo prazo, esses excessos podem estar relacionados a aumento do peso, descompensação do diabetes e da hipertensão, especialmente se o indivíduo mantém, após as festas, um estilo de vida não saudável”, adverte Gabriella Mendes, médica endocrinologista do Hospital Anchieta de Brasília. 

Quando o consumo exagerado continua mesmo depois das confraternizações, o hábito pode acarretar nas chamadas doenças não transmissíveis, como diabetes e colesterol alto, como complementa a nutricionista Isabela Zago, da Clínica Corporeum, de Brasília. “Se acabaram as festas e continuo me alimentando com uma dieta muito volumosa, rica em açúcar, sódio e gordura saturada, os prejuízos aparecerão mais cedo ou mais tarde”, adverte.

 

Cuidados 

Para evitar condições como essas, o cuidado pode (e deve) vir antes mesmo da comilança. Evitar um jejum longo antes da ceia, por exemplo, é uma estratégia para não chegar à refeição com tanta fome. Da mesma forma, é importante respeitar o próprio alerta de satisfação do corpo. 

“Durante a ceia faça um prato saudável, comece pelas saladas, legumes e verduras, escolha um tipo de carne que você mais goste, dê prioridade para aqueles alimentos que são seus preferidos, mas sempre tendo cuidado com a quantidade”, recomenda Gabriella Mendes. 

Segundo a profissional, os cuidados do dia seguinte dependerão de questões como sintomas, doenças prévias e uso prévio de medicações contínuas. No caso de manifestações mais intensas em relação a sintomas apresentados em situações anteriores semelhantes, a recomendação é procurar auxílio médico. Já no dia a dia, uma boa alimentação, hidratação e exercícios físicos são essenciais. 

“Brinco que só faz dieta em festa quem não fez durante o tempo todo. No maior período de tempo da nossa vida, devemos estar inseridos nesse contexto saudável”, acrescenta Isabela Zago. “Assim, você terá permissão para confraternizar sem pensar tanto em restrição ou privação de alguns alimentos. O acompanhamento nutricional vem muito à tona nessa época porque as pessoas estão precisando de ajuda no mês seguinte, mas é para a vida.”


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