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terça-feira, 21 de dezembro de 2021

Especialista aponta as 10 perguntas ‘etaristas’ mais repetidas em processos seletivos de profissionais 45+

Talento Sênior (Divulgação)

Cristina Sabbag CDO (ChiefDiversity Officer), sócia e principal Researcher da Talento Sênior é mestre em Gestão para Competitividade e atua em práticas de diversidade etária como estratégia e inovação

 

Com o envelhecimento da população, as empresas vão precisar aderir à contratação de profissionais seniores. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o país conta com mais de 32,9 milhões de idosos. A expectativa é que esse número salte para 58,2 milhões em 2060 e a quantidade de profissionais maduros no mercado de trabalho aumentará junto. O preconceito ainda é a principal barreira que diminui as chances de emprego após os 40 anos.


Impedir um candidato de participar de uma seleção e fazer exigências relacionadas a sexo, cor, estado civil, idade, entre outras na hora de divulgar uma oportunidade é crime previsto no inciso XXXIII do art. 7º da Constituição Federal.


Para evitar o “etarismo”, “ageismo” ou “idadismo” (nome que se dá ao preconceito contra idade), Cristina Sabbag CDO (Chief Diversity Officer) - sócia e Principal Researcher da Talento Sênior (empresa que atua na inclusão de profissionais 45+ no mercado de trabalho e uma das empresas do grupo Talento Incluir) - aponta as 10 perguntas mais “etaristas” feitas por selecionadores durante entrevistas de emprego e que revelam o preconceito para admitir um candidato pela sua idade ao invés de seus talentos, portanto devem ser evitadas:

  1. Quando pretende se aposentar?
  2. Você é uma pessoa saudável?
  3. Você tem vida social adequada ou é solitário (a)?
  4. Você ainda dirige?
  5. Você consegue se adequar a um ambiente jovem e inovador?
  6. Você conhece alguma coisa de computador e internet?
  7. Você tem boa memória?
  8. Você tem dificuldade em ambientes de escada?
  9. Por que mudar de profissão nessa altura do campeonato?
  10. Você se considera jovem de coração e atitude?

 

A convivência intergeracional já se comprovou saudável e positiva para as empresas alcançarem bons resultados em seus negócios. Para isso, de acordo com Sabbag, as empresas precisam aumentar a inclusão desses profissionais e eliminar atitudes etaristas, a partir das seguintes ações: 

  • Promover ações educativas individuais e coletivas sobre o envelhecimento;
  • Combater piadas relacionadas à idade;
  • Evitar generalizações como, por exemplo: todo velho é doente;
  • Repudiar publicamente toda publicação ou política pública com viés etarista;
  • Abrir vagas apenas para profissionais 50+;
  • Capacitar gestores e equipes para que não haja exclusão de currículos apenas com base na idade ou tempo de experiência. É importante que a intergeracionalidade esteja representada nas equipes de trabalho em todos os setores ou áreas. 

Um estudo na área revelou que sete em cada dez adultos gostam de trabalhar com pessoas de outras gerações. Isso se dá ao fato de que os trabalhadores mais velhos apreciam o conhecimento técnico, tecnológico e a criatividade dos mais jovens. Os mais jovens, por sua vez, valorizam a experiência, o comprometimento e a maturidade emocional dos mais velhos. 

“Para que pessoas de diferentes idades tenham a oportunidade de aprender umas com as outras, é importante que os resultados exijam interdependência de tarefas e funções e que a integração entre eles seja feita de forma contínua. Então, é preciso começar a planejar como estabelecer políticas de integração e manutenção de profissionais maduros na empresa e preparar equipes e líderes para essa realidade. O preconceito precisa ser combatido. Isso abre as portas da empresa para a inclusão completa e produtiva e essa será a melhor maneira para lidar com o futuro”, conclui Sabbag.

 


Cristina Sabbag -  CDO (Chief Diversity Officer), sócia e principal Research da Talento Sênior - empresa do grupo Talento Incluir - que tem como objetivo colaborar com a inclusão de profissionais 45+ no mercado de trabalho. Como mestre em Gestão para Competitividade pela Fundação Getúlio Vargas, defendeu o tema: “Envelhecimento nas organizações: práticas de diversidade etária como estratégia e inovação”.  Desenvolve estudos para entender o impacto do envelhecimento da força de trabalho na capacidade competitiva e de inovação das empresas e o preconceito etário nas organizações. Atua também como consultora e palestrante, elaborando trabalhos de curadoria sobre temas como a importância da diversidade para inovação, viés inconsciente, ageísmo e suas intersecções, gestão multigeracional e cultura inclusiva. É também facilitadora em programas de diversidade e participa de workshops de cocriação utilizando metodologias como ‘design thinking’ e ‘curadoria de conhecimento’. Formada em Administração, Cris tem MBA pela Fundação Dom Cabral, e pós-MBA no programa internacional FDC/Kellogg School of Management, além de ‘Curadoria de conhecimento’ e ‘Black Belt em Six Sigma’.

Para mais informações Talento Sênior e Talento Incluir.


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