No
mundo, 36,7 milhões de pessoas vivem com o vírus HIV e 53% estão em tratamento.
Desde 2005, ações relacionadas ao diagnóstico, tratamento e controle da carga
viral têm contribuído para reduzir pela metade o número de mortes, de acordo
com dados da Unaids - Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV e Aids.
Enquanto no mundo o número de casos caiu 11%, no Brasil houve aumento de
3%.
No último dia 1º de dezembro teve início a campanha Dezembro Vermelho, criada
pela OMS – Organização Mundial de Saúde como forma de marcar as mobilizações
para ações preventivas, diagnósticos e tratamento das pessoas que vivem com
HIV/Aids e outras IST - infecções sexualmente transmissíveis.
A Aids ocorre em estágios avançados da infecção pelo vírus HIV, que ataca as
células de defesa do organismo. Atualmente, é possível ser soropositivo e ter
qualidade de vida, mas é preciso seguir recomendações médicas e tomar
corretamente os medicamentos indicados. Milhares de pessoas têm o vírus HIV e
não sabem. Por essa razão, um exame para diagnóstico é sempre importante,
principalmente após situações de risco. Quanto antes o paciente descobrir ser
portador do HIV, mais chances de sucesso terá o tratamento.
De acordo com Valdir Russo, clínico geral da Santa Casa de Mauá, a forma mais
comum de adquirir a infecção é por meio das relações sexuais. Por isso, o uso
de preservativos é muito recomendado. “O vírus está presente no sangue e em
secreções do corpo, esperma, secreção vaginal, no líquido que banha o bebê na
gestação e que banha o cérebro. A contaminação pode ocorrer por meio do contato
com uma dessas secreções ou sangue”, explica o médico.
O contágio também pode ocorrer pelo uso de seringas usadas por mais de uma
pessoa; transfusão de sangue contaminado; mãe que infecta o filho durante a
gravidez, parto e amamentação, além de instrumentos perfurantes não
esterilizados.
Em razão do grande preconceito que existe, é importante ressaltar que a
infecção não ocorre pelo beijo no rosto ou na boca; suor e lágrima; picada de
inseto; aperto de mão ou abraço; pelo sabonete, toalha, lençóis, talheres e
copos; assento de ônibus; piscina; banheiro ou pelo ar.
Em suas diversas fases, a infecção provoca sintomas como infecção viral -
febre, dor muscular, dor de cabeça e erupções cutâneas; latência clínica -
anemia, baixo nível de plaquetas e de leucócitos; fase sintomática - redução na
contagem dos linfócitos T-CD4+, infecções bacterianas, dor de cabeça e sudorese
noturna, lesões brancas na borda da língua, diarreia crônica, comprometimento
do sistema imunológico, infecções oportunistas e neoplasias.
O diagnóstico da infecção por HIV é feito por meio de exames laboratoriais,
porém no período entre a infecção pelo vírus e os primeiros anticorpos
anti-HIV, os exames podem gerar falsos negativos. O ideal é repeti-los após um
mês.
O tratamento para o HIV é feito com medicamentos antirretrovirais, que impedem
o HIV de se multiplicar de maneira exagerada. Porém, eles não destroem o vírus,
mas evitam que o sistema imunológico fique comprometido. O tratamento oferece
uma vida praticamente normal.
Hospital
Santa Casa de Mauá
Avenida Dom José Gaspar, 1374 - Vila Assis - Mauá - fone
(11) 2198-8300.
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