No último mês do
ano, a área da saúde volta sua atenção para o tumor de maior incidência no
Brasil, o câncer de pele. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), até o
final de 2020, estima-se em média 181 mil novos casos, sendo que, deste total,
5.670 mil correspondem a novos casos de melanoma. A exposição solar excessiva,
sem proteção, pode provocar alterações celulares, levando ao desenvolvimento de
câncer de pele. "Pessoas de pele clara, com pintas e manchas, idosos, quem
se expôs muito ao sol e quem tem histórico de câncer de pele na família estão
mais propensos a desenvolver a doença", explica o oncologista do Instituto
do Câncer de Brasília, Caio Neves
Caio destaca que o
diagnóstico precoce é fundamental a cura da doença. "Em relação ao
melanoma, conseguimos curar mais de 90% dos casos, desde que ele seja diagnosticado
e tratado no início. Depois que ele aprofunda na pele, fica mais difícil. E o
câncer não melanoma é uma ferida que vai crescendo, estendendo-se cada dia
mais, e se você tira ela no início, ela não cresce mais e acabou, está
curado", afirma.
Como se prevenir
Procurar evitar a
exposição excessiva à radiação solar, composta pelos raios UVB (responsável
pela queimadura avermelhada da pele) e UVA (ultravioleta), principalmente entre
10h e 16h, é uma das recomendações. "A radiação UVA penetra profundamente
na pele e é a principal responsável pelo câncer da pele. Sua intensidade varia
pouco ao longo do dia, sendo intensa não somente em dias de sol, mas também com
o céu nublado, por isso é fundamental utilizar protetor solar diariamente. Quem
tem tatuagem deve redobrar os cuidados, pois as tintas escuras usadas nas
imagens podem encobrir possíveis lesões precursoras do câncer de pele. O
melanoma, por exemplo, possui uma alteração celular com muito pigmento, assim
como as tatuagens, dificultando a análise da estrutura celular durante os
exames patológicos", conta.
Adotar medidas
simples de proteção como o uso de filtro solar, boné, chapéu, além do cuidado
com o excesso de exposição solar, não excluí a importância do acompanhamento
anual e periódico com um dermatologista. "A consulta com um dermatologista
é essencial para o monitoramento de manchas, pintas e sinais que podem
identificar o câncer de pele. Existem regiões do corpo em que a pessoa sozinha
não consegue visualizar", alerta o especialista.
ICB - Instituto de Câncer
de Brasília
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