Hábitos nocivos à saúde fazem com que homens sejam mais propensos a apresentarem quadros de doenças cardiovasculares
A
partir dos 40 anos, problemas de coração são algumas das principais causas de
morte de homens, ao lado de câncer e diabetes
Dados do Ministério da Saúde comprovam o que o cotidiano já revela:
homens cuidam menos da saúde do que mulheres. A expectativa de vida deles
também se encontra mais de 7 anos abaixo da média delas. Entre as doenças que
demandam atenção do público masculino estão as cardiovasculares, que são a
principal causa de morte no mundo. Os homens são três vezes mais propensos a
esse tipo de complicação, que é a principal causa de morte do gênero masculino
no Brasil. Hábitos como abuso de álcool, má alimentação, sedentarismo e
tabagismo explicam por que eles estão mais propensos a desenvolver essas
doenças.
Esses fatores explicam a predominância desse tipo de mal entre os
homens. O cardiologista do Hospital Brasília Vitor Barzilai, explica que, em
geral, homens têm uma qualidade de vida inferior à do sexo oposto. “Hábitos
prejudiciais à saúde como o tabagismo, sedentarismo, consumo exagerado de
alimentos gordurosos e ingestão de grandes quantidades de bebida alcoólica são,
em geral, mais comuns em homens. Há alguns anos poderíamos dizer que eles estão
mais sujeitos ao estresse, mas a realidade é que tanto homens quanto mulheres
estão expostos a situações de estresse”, explica.
Apesar da campanha, é importante entender que infarto não se trata de um
problema exclusivo de homens. O especialista aponta que há também um fator
protetor da exposição ao estrogênio nas mulheres. É bem definido que mulheres
em menopausa têm um maior risco cardiovascular em relação às em idade fértil.
Outro fator que se destaca para o desenvolvimento de doenças
cardiovasculares e de outras enfermidades é o comportamento dos homens em
relação à própria saúde. “Os homens não têm costume de ir ao médico
periodicamente. Só vão quando já apresentam sintomas graves e geralmente quando
o procedimento para tratar as doenças já é mais complexo. Isso sem falar na
forma como cada gênero lida com estresse diário. O cuidado com a saúde mental
reflete diretamente na saúde física”, pondera o cardiologista.
Por fim, Dr. Vitor Barzilai
alerta que é importante entender que boa parte dos eventos cardiovasculares
como infarto e AVC são evitáveis. Bons hábitos de vida são a melhor forma de se
prevenir eventos precoces - antes dos 40 anos. “Para viver bem e bastante, a
recomendação é abandonar o sedentarismo, manter uma alimentação equilibrada,
diminuir o consumo de álcool, buscar por cuidados preventivos com a saúde além
cuidar da saúde mental para desenvolver ferramentas saudáveis para lidar com o
estresse e as pressões do cotidiano”, finaliza o médico.
Dasa
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