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quinta-feira, 11 de novembro de 2021

Vacinação e cuidados com a limpeza de ambientes podem prevenir a pneumonia, alerta especialista do Hospital Pequeno Príncipe

 12 de novembro é o dia escolhido pela Organização Mundial da Saúde para conscientizar sobre os riscos da doença


Febre persistente por mais de 72 horas, tosse, apatia e dor torácica são alguns dos sintomas que podem acender um alerta e indicar pneumonia. “A bactéria ou vírus pode atingir o que chamamos de parênquima pulmonar, ou seja, o pulmão. Quando o órgão infecciona, a doença se manifesta”, explica Paulo Cesar Kussek, médico responsável pelo Serviço de Pneumologia do Hospital Pequeno Príncipe. “Se esses quadros de febre e excesso de secreção persistirem, é importante buscar atendimento especializado”, destaca.

Crianças de todas as idades podem desenvolver pneumonia, mas as menores são mais suscetíveis. “Já existe vacina para prevenção da doença: na rede pública, temos a Pneumo 10; e na particular, a Prevenar 13, indicadas para serem aplicadas no primeiro ano de vida”, diz o especialista. Além desses imunizantes, é importante manter os outros do calendário vacinal em dia. O médico menciona que eles auxiliam a melhorar o sistema imunológico por via cruzada. “Manter os ambientes limpos, ventilados e sem excesso de umidade são atitudes aliadas à prevenção”, informa.

 

Paulo Kussek, médico responsável pelo Serviço de Pneumologia do Hospital Pequeno Príncipe, destaca a importância do diagnóstico precoce para tratar a pneumonia - Foto: Camila Hampf

 

Outras doenças respiratórias também podem evoluir para pneumonia. E a doença precisa ser tratada com antibióticos para curar. “Complicações podem acontecer; apesar de existir vacina, a pneumonia mata milhares de crianças com até 5 anos. Por isso, diagnosticar precocemente pode fazer toda a diferença”, alerta o pneumologista. Segundo informações da Organização Mundial da Saúde, a pneumonia foi responsável pela morte de 802 mil crianças, em 2018, em todo o mundo. E, seguindo as tendências atuais, dados divulgados em 2020 pelo Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) apontam que 6,3 milhões de crianças podem perder a vida em função da doença até 2030.

O recomeço das atividades, como volta às aulas, o contato com outras pessoas e o aumento na circulação também têm influenciado para o maior surgimento de casos de doenças respiratórias. “Antes da pandemia, a maior parte dos diagnósticos aconteciam entre março e abril. Agora, com a retomada das aulas presenciais e a mudança de estação acontecendo ao mesmo tempo, os atendimentos aumentaram de forma expressiva”, revela o médico. Também é preciso estar atento a pneumonias recorrentes. “Se isso acontecer com frequência, é sinal que existe outra doença por trás”, conclui.


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