12 de novembro é o dia escolhido pela Organização Mundial da Saúde para conscientizar sobre os riscos da doença
Febre persistente por mais de 72 horas, tosse,
apatia e dor torácica são alguns dos sintomas que podem acender um alerta e
indicar pneumonia. “A bactéria ou vírus pode atingir o que chamamos de
parênquima pulmonar, ou seja, o pulmão. Quando o órgão infecciona, a doença se
manifesta”, explica Paulo Cesar Kussek, médico responsável pelo Serviço de
Pneumologia do Hospital Pequeno Príncipe. “Se esses quadros de febre e excesso
de secreção persistirem, é importante buscar atendimento especializado”,
destaca.
Crianças de todas as idades podem desenvolver
pneumonia, mas as menores são mais suscetíveis. “Já existe vacina para
prevenção da doença: na rede pública, temos a Pneumo 10; e na particular, a
Prevenar 13, indicadas para serem aplicadas no primeiro ano de vida”, diz o
especialista. Além desses imunizantes, é importante manter os outros do
calendário vacinal em dia. O médico menciona que eles auxiliam a melhorar o
sistema imunológico por via cruzada. “Manter os ambientes limpos, ventilados e
sem excesso de umidade são atitudes aliadas à prevenção”, informa.
Paulo Kussek,
médico responsável pelo Serviço de Pneumologia do Hospital Pequeno Príncipe,
destaca a importância do diagnóstico precoce para tratar a pneumonia - Foto:
Camila Hampf
Outras doenças respiratórias também podem evoluir
para pneumonia. E a doença precisa ser tratada com antibióticos para curar.
“Complicações podem acontecer; apesar de existir vacina, a pneumonia mata
milhares de crianças com até 5 anos. Por isso, diagnosticar precocemente pode
fazer toda a diferença”, alerta o pneumologista. Segundo informações da
Organização Mundial da Saúde, a pneumonia foi responsável pela morte de 802 mil
crianças, em 2018, em todo o mundo. E, seguindo as tendências atuais, dados
divulgados em 2020 pelo Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância)
apontam que 6,3 milhões de crianças podem perder a vida em função da doença até
2030.
O recomeço das atividades, como volta às aulas, o
contato com outras pessoas e o aumento na circulação também têm influenciado
para o maior surgimento de casos de doenças respiratórias. “Antes da pandemia,
a maior parte dos diagnósticos aconteciam entre março e abril. Agora, com a
retomada das aulas presenciais e a mudança de estação acontecendo ao mesmo
tempo, os atendimentos aumentaram de forma expressiva”, revela o médico. Também
é preciso estar atento a pneumonias recorrentes. “Se isso acontecer com
frequência, é sinal que existe outra doença por trás”, conclui.
Nenhum comentário:
Postar um comentário