Harmonização
facial está entre as escolhas de jovens e adultos para melhorar a aparência. A
cirurgiã-dentista Aline Fernandez fala sobre a técnica que deve ser realizada
com segurança e por profissionais habilitados
Toxina botulínica e preenchimento com ácido hialurônico estão entre as técnicas mais realizadas pelos profissionais habilitados a realizar procedimentos estéticos (Foto: Wavebreakmedia_micro/Freepik) |
A harmonização facial
está entre os procedimentos estéticos mais procurados por jovens e adultos em
clínicas de estética e nos consultórios odontológicos. Segundo a
cirurgiã-dentista Aline Graziele Fernandez, da Sorridents Santos e São Vicente,
as festas de fim de ano aumentam significativamente as buscas pelos
procedimentos, período no qual a divulgação de informações seguras sobre a
prática se torna ainda mais importante.
De acordo com a
especialista, a harmonização orofacial, como é chamada na odontologia, consiste
em um conjunto de procedimentos que buscam o equilíbrio estético e funcional da
face. Para que isso aconteça, é realizada uma análise detalhada da estrutura
facial do paciente, levando em consideração as queixas relatadas em consulta.
As etapas que antecedem o procedimento são fundamentais para alcançar as
expectativas do cliente, sem provocar exageros.
"O diálogo é
fundamental para que o paciente entenda o que vai acontecer, como é a
recuperação e por quanto tempo o produto age, pois muitas vezes as pessoas
querem grandes mudanças para o fim do ano e pode ser que não dê tempo, pois é
necessário ter planejamento e priorizar integridade física das pessoas",
explica Aline.
A harmonização
compreende diversas técnicas que são escolhidas de acordo com os objetivos do
procedimento, segundo a cirurgiã-dentista, a toxina botulínica e o
preenchimento com ácido hialurônico estão entre as mais utilizadas pelos profissionais,
inclusive por ela. "A toxina botulínica faz com que haja uma leve
paralisação da musculatura evitando que a pele enrugue e forme linhas de
expressão. Já o preenchimento feito com ácido hialurônico é utilizado para
corrigir profundidades", comenta.
Apesar de os
resultados dos procedimentos ficarem visíveis rapidamente como é o caso do
preenchimento, ou em até sete dias quando é aplicada a toxina botulínica, a
profissional ressalta que eles são realizados com agulhas e podem causar hematomas,
inchaço ou até mesmo algumas reações adversas. "É necessário aguardar no
mínimo 20 dias para ter o resultado final. O paciente não vai querer passar
datas comemorativas com inchaço ou casquinha por conta da agulha, então é
importante procurar realizar o procedimento antes", destaca.
Outro ponto que
prejudica o acesso seguro dos pacientes aos procedimentos estéticos são as
inverdades divulgadas sobre o assunto. De acordo com Aline, algumas pessoas
costumam dizer que a harmonização orofacial deforma o rosto, deixa a face
artificial e não pode ser desfeita, fatores que, segundo ela, dependem do
profissional, das vontades do paciente e dos produtos utilizados.
"A gente sempre
orienta o paciente a começar preenchendo os pontos que incomodam com pouco
produto para que a pessoa não perca a identidade. Já nos casos daqueles que
adquirem grandes problemas, provavelmente o procedimento é realizado com
material inapropriado para fazer preenchimento. Os materiais definitivos
existem, mas eles não são compatíveis com o nosso organismo e podem causar
muitas consequências, tanto de rejeição, como de deformação", alerta
Aline.
Em relação a
contraindicações, a cirurgiã explica que gestantes, pessoas com histórico de
alergia a procedimentos estéticos, queloide e pacientes que tomam
anticoagulantes não podem realizar a harmonização orofacial. Além disso, em
qualquer circunstância, o procedimento deve ser realizado com um profissional
habilitado e capacitado, pois a aplicação incorreta dos produtos pode causar
intercorrências sérias, como a necrose das regiões da aplicação.
Dados
Em 2020, o Google
Trends, ferramenta que monitora as tendências do buscador, registrou um aumento
de 540% nas pesquisas pelo termo ‘harmonização facial’. Segundo a Sociedade
Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS, sigla em inglês), o Brasil
está entre os 10 países que mais realizaram procedimentos estéticos cirúrgicos
e não cirúrgicos em 2019. Em 2018, o país alcançou o primeiro lugar no mundo em
procedimentos de cirurgia estética, ultrapassando os Estados Unidos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário