O preço dos combustíveis é uma preocupação devido ao seu reflexo no custo de vida da população. É uma despesa que tem um impacto direto no orçamento das famílias ao abastecerem seus veículos e também atinge indiretamente o preço dos produtos, inclusive alimentos básicos, diante da utilização massiva do transporte rodoviário no Brasil.
A alta constante do
preço dos combustíveis nos últimos meses tem preocupado os brasileiros, que
aguardam uma solução dos governantes na esperança de, ao menos, paralisar o
aumento semanal dos preços pagos pelos consumidores, tanto nos postos de
combustíveis, como nos supermercados.
A solução proposta pela
Câmara dos Deputados foi a mudança na forma de cálculo do ICMS cobrado na venda
dos combustíveis. Segundo a proposta, o imposto terá um valor fixo em reais por
litro e será definido com base no preço médio dos combustíveis dos últimos 2 anos.
A proposta também permite aos Estados o reajuste anual do imposto. Hoje, o ICMS
é cobrado em percentual sobre o preço atual do litro do combustível.
Essa forma de cálculo é
adotada na cobrança da CIDE- Combustíveis, exigida pelo governo federal, que também
é cobrada sobre o valor unitário do litro. O governo federal já utilizou a
redução da CIDE- Combustível como medida para diminuir o preço dos
combustíveis. Porém, na prática, a redução do tributo não foi repassada para o
consumidor.
A experiência observada
com a CIDE- Combustíveis, que é cobrada por valor fixo, comprova que esse
formato proposto pelo Poder Legislativo para a exigência do ICMS não garante a
redução do valor dos combustíveis pago pelo consumidor, pois existem outros
fatores envolvidos na composição do preço. Atualmente, o aumento do preço do
barril do petróleo e a desvalorização do real frente ao dólar são as causas que
tornarão sem efeito prático as modificações no ICMS aprovadas pela Câmara dos
Deputados no sentido de reduzir o valor dos combustíveis cobrado do consumidor
final.
A nova fórmula do ICMS
proposta no projeto de lei complementar estabelecerá o valor do imposto cobrado
sobre os combustíveis, que não sofrerá variação no caso de reajuste dos preços,
pois terá por base o preço médio cobrado nos últimos 2 anos. Hoje, o ICMS é
calculado sobre o valor atual dos combustíveis.
Agora, as mudanças no
cálculo do ICMS serão apreciadas pelo Senado Federal. Independentemente das
questões políticas envolvidas, quem sofre é o cidadão que está com seu
orçamento no limite do suportável e aguarda medidas rápidas, concretas e
efetivas para cessar o ciclo de alta dos combustíveis.
Ludmila
Heloise Bondaczuk
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