Hospital do GRAACC destaca que índices de cura de
câncer infantojuvenil superam 70% quando diagnosticados precocemente
• Cartilha "E
se for câncer infantil?" elaborada pelo hospital orienta pais e
responsáveis a ficarem atentos em casos de anemia, palidez, manchas roxas,
nódulos, aumento de volume nas pernas, coxas e barriga, dor de cabeça
persistente, entre outros, e procurem auxílio médico o mais rápido possível.
• Banco de tumores
pediátricos da instituição, com mais de 20 mil amostras, considerado um dos
maiores da América Latina, é a base para o sequenciamento genético, que auxilia
no diagnóstico mais preciso e nas escolhas para um tratamento mais
individualizado.
No próximo dia 23 de
novembro é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantojuvenil, uma
das datas mais importantes no calendário da saúde, instituído para
conscientizar sobre a importância do diagnóstico precoce nos casos de câncer em
crianças e adolescentes, que tem estimativa aproximada de 8,5 mil novos casos
por ano, de acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA).
O Hospital do GRAACC,
que neste mês completa 30 anos e é referência no tratamento de casos de alta
complexidade de câncer infantojuvenil, faz um alerta essencial para pais e
responsáveis sobre a importância do diagnóstico precoce. "Quanto mais cedo
for detectado, maiores serão as chances de cura da doença que, no caso do
GRAACC, ultrapassam 70%", alerta Dra. Monica Cypriano, Diretora Clínica do
Hospital do GRAACC.
Atenção aos sintomas
"O câncer
infantojuvenil é a doença que mais causa óbitos de crianças e adolescentes, de
1 a 19 anos no país. Porém, é totalmente tratável desde que diagnosticado em
estágio inicial, o que é muito desafiador, pois os sintomas podem se confundir
com as doenças comuns da infância. Essa data é fundamental para alertar pais e
responsáveis para que não esperem para levar a criança ao médico quando
perceberem sinais como, por exemplo, palidez, manchas roxas, nódulos, aumento
de volume nas pernas, coxas e barriga e dores de cabeça que persistam por mais
de uma semana", explica a Dra. Monica.
Nos 30 anos de
atividade, o Hospital do GRAACC tem registrado diversos avanços no tratamento
dos tipos de câncer de maior incidência em crianças e adolescentes como, por
exemplo, as leucemias, que representam 25% de todos os casos de câncer
infantil; o câncer ósseo, com redução nas amputações e aumento dos tratamentos
conservadores; câncer nos olhos (retinoblastoma), com redução de extração de
olhos (enucleação) e o centro de transplantes de medula óssea, que já realizou
mais de 900 procedimentos, entre outros.
Câncer infantojuvenil
O câncer
infantojuvenil é diferente do câncer em adultos e não está associado a causas
externas como, por exemplo, exposição solar, tabagismo ou sedentarismo.
Portanto, não existem medidas de prevenção da doença nesta faixa etária. Sua
causa está ligada à alteração celular com o crescimento desordenado de algumas
células do organismo.
"Como esse
processo ocorre na fase de crescimento da criança ele é mais acelerado e pode
se espalhar rapidamente para outras partes do corpo. Este é um dos motivos que
faz o diagnóstico precoce ser tão importante e urgente", complementa a
diretora clínica.
Genética
O GRAACC mantém um
banco de tumores pediátricos, considerado um dos maiores da América Latina.
Neste banco estão mais de 20 mil amostras de tumores e sangue coletados de
crianças e adolescentes e catalogados ao longo desse período. A partir desse
material é possível realizar uma técnica que vem sendo apontada como uma das
mais promissoras na busca de melhores desfechos clínicos no combate ao câncer
infantojuvenil: o sequenciamento genético, conhecido no meio científico como
Sequenciamento de Nova Geração - NGS (Next-Generation Sequencing).
"O sequenciamento
genético possibilita investigar e conhecer a informação genética de um material
biológico. Em outras palavras, significa descobrir o código genético que mostra
a célula na intimidade. Com isso, é possível realizar investigações
complementares que contribuem com um diagnóstico mais preciso dentro do estágio
que está a doença. Na prática, nos orienta nas escolhas para um tratamento mais
individualizado, que ajudará a aumentar ainda mais as chances de cura",
revela Dra. Monica.
Cartilha "E se
for câncer infantil?"
Para auxiliar pais,
responsáveis e a classe médica, o Hospital do GRAACC produziu a cartilha "E
se for câncer infantil? Os sinais da doença e as chances de cura".
O material explica os tipos de câncer, tratamentos, chances de cura e esclarece
as principais características da doença. A cartilha está disponível para
download aqui
"A publicação
deve ser uma fonte de consulta para pais, pediatras e outros profissionais de
saúde. Focamos nas especificidades do câncer infantojuvenil, além de
informações sobre os tipos de tumores mais comuns e os principais sinais que
podem indicar a existência da doença", comenta a Dra. Monica Cypriano,
autora do projeto.
Principais sinais que
merecem atenção
Alguns sinais podem
ser sintomas de câncer infantojuvenil, mas muitas vezes são confundidos com
doenças comuns da infância. É importante ficar atento e procurar um médico o
quanto antes se algum dos sintomas abaixo persistir por mais de uma semana:
• Manchas roxas e
caroços pelo corpo.
• Dores nos ossos,
principalmente nas pernas, com ou sem inchaço.
• Perda de peso.
• Aumento ou inchaço
na barriga.
• Palidez inexplicada
e fraqueza constante.
• Aumento progressivo
dos gânglios linfáticos.
• Dores de cabeça,
acompanhadas de vômitos.
• Febre ou suores
constantes e prolongados.
• Distúrbios visuais e
reflexo anormal da pupila quando exposta à luz conhecido como "reflexo do
olho de gato", perceptível em fotos com flashes por meio de um brilho
branco diferente no olho da criança.
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