Comer
mal pode causar deficiências nutricionais que afetam desenvolvimento infantil
Uma alimentação
saudável é importante em todas as fases da vida, mas na infância merece atenção
maior, já que a criança está em processo de crescimento e desenvolvimento. É
neste momento que os pequenos precisam de todos os nutrientes para promover
saúde e prevenir doenças.
A coordenadora do
curso de Nutrição da Faculdade
Anhanguera, Liliany Faicari, destaca que uma dieta desbalanceada e pobre em
nutrientes, normalmente decorre de má alimentação e pode ocasionar deficiências
nutricionais que afetam diretamente os aspectos emocionais, intelectuais e
físicos do desenvolvimento infantil.
"A alimentação
saudável proporciona a manutenção das funções orgânicas necessárias para o
desenvolvimento psicomotor e cognitivo, mantendo a atenção, foco, concentração
e aprendizagem de forma geral."
A especialista destaca
que a alimentação saudável também impacta positivamente o estado emocional da
criança. "O consumo de vitaminas, minerais e gorduras saudáveis podem
ajudar nas funções cerebrais e controlar as emoções, impactando o humor e a
felicidade da criança", pontua.
Inserir esses
alimentos na rotina infantil pode ser um verdadeiro desafio para os pais e
familiares, especialmente devido à falta de tempo e à correria do dia a dia.
Lililany ressalta que manter uma alimentação saudável não é algo tão
complicado. "O tempo que os pais precisam para abrir um pacote de bolacha
é o mesmo levado para descascar uma banana", exemplifica.
Ela afirma que o
primeiro passo para mudar a dieta da criança deve ser o exemplo. "O
indicado é que os pais tenham como base a alimentação natural, evitem ao máximo
de industrializados e, pensando em aspectos comportamentais, não tentem
substituir amor e afeto por guloseimas. Isso pode prejudicar muito a saúde da
criança, verdadeiramente".
A coordenadora na
Anhanguera indica 12 passos para alimentação infantil saudável. Confira:
1. Amamentar até 2
anos ou mais, oferecendo somente o leite materno até 6 meses;
2. Oferecer alimentos in
natura ou minimamente processados, além do leite materno, a partir dos 6
meses;
3. Oferecer água
própria para o consumo à criança em vez de sucos, refrigerantes e outras
bebidas açucaradas;
4. Oferecer a comida
amassada quando a criança começar a comer outros alimentos além do leite
materno;
5. Não oferecer açúcar
nem preparações ou produtos que contenham açúcar à criança até 2 anos de idade;
6. Não oferecer
alimentos ultraprocessados para a criança;
7. Cozinhar a mesma
comida para a criança e para a família;
8. Zelar para que a
hora da alimentação da criança seja um momento de experiências positivas,
aprendizado e afeto junto da família;
9. Prestar atenção aos
sinais de fome e saciedade da criança e conversar com ela durante a refeição;
10. Cuidar da higiene
em todas as etapas da alimentação da criança e da família;
11. Oferecer à criança
alimentação adequada e saudável também fora de casa;
12.
Proteger a criança da publicidade de alimentos.
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