Infecção pulmonar viral e bacteriana, simultaneamente, pode resultar em quadros mais graves e maiores índices de mortalidade
O avanço da atual pandemia causada pelo
novo coronavírus tem despertado um alerta, entre especialistas da área da saúde
e comunidade médica, para os riscos de contaminação da população que já está
imersa em outro cenário epidêmico grave: o da tuberculose. Com ambas as
infecções afetando os pulmões, a Covid-19 de forma viral e a tuberculose por
meio bacteriano, o quadro dos pacientes acometidos pela coinfecção pode ser
muito mais grave e fatal.
"Enfrentamos um grande desafio com a Covid-19 e ele se torna ainda maior
para pacientes portadores de tuberculose, que, por si só, compromete a
estrutura pulmonar, deixando-a mais fragilizada e suscetível a complicações. É
muito importante que as pessoas que já tratam a tuberculose não parem o
tratamento. Aos pacientes que têm suspeita e ainda não fizeram exames para
detectá-la, é recomendado fazer o quanto antes, pois a tuberculose, quando
diagnosticada precocemente, tem grande chance de cura", explica o médico
infectologista Dr. Marcos Antonio Cyrillo, diretor da Sociedade Brasileira de
Infectologia (SBI).
Uma das maneiras mais efetivas de prevenir a transmissão e erradicar a
tuberculose se dá pelo diagnóstico e tratamento precoces da forma ativa e da
prevenção reativa da doença, através do tratamento da infecção latente (ILTB),
quando o paciente ainda não apresenta sintomas. Como este quadro pode persistir
por anos, é fundamental buscar ajuda médica para a realização de exames que
auxiliem na conclusão do diagnóstico.
Entre os métodos de maior precisão para identificar a tuberculose latente,
analisados e recomendados pela OMS (Organização Mundial da Saúde), está o teste
IGRA (ensaio de liberação de Interferon-gama) QuantiFERON - TB Gold Plus.
Desenvolvido pela QIAGEN, multinacional alemã especialista em tecnologia para
diagnóstico molecular, o exame é realizado com uma pequena amostra de sangue e
requer apenas uma visita ao médico, apresentando resultado rápido e seguro, com
a precisão de testes laboratoriais.
Pessoas que compõe o grupo de risco da tuberculose, como portadores de HIV
positivo, pacientes que recebem tratamento para doenças autoimunes ou
imunossupressores, pessoas que tiveram contato com portadores da enfermidade,
crianças abaixo de 5 anos, profissionais da área da saúde, imigrantes,
população privada da liberdade e que vivam em ambiente comunitário, como idosos
e militares, devem ter especial atenção.
"A boa notícia é que as medidas de prevenção da Covid-19, como o
distanciamento social, o uso de máscaras, higienização das mãos e o não
compartilhamento de objetos de uso pessoal podem também contribuir para o
controle da tuberculose. Em ambos os casos, a busca por ajuda médica a partir
dos primeiros sintomas pode ser essencial para o sucesso do tratamento. Os
principais sintomas da tuberculose são tosse crônica, febre, perda inexplicada
de peso e, quando grave, sudorese noturna", conclui Dr. Cyrillo.
QIAGEN
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