O
aumento da vacinação deve ser comemorado, mas é preciso se conscientizar de
como devemos agir daqui para frente, até que tenhamos mais segurança. Vale
também para os que já tiveram a doença e não devem se considerar “imunes”. O médico
pneumologista Felipe Marques da Costa, que é especialista em
Terapia Intensiva e Coordenador de Pós-Graduação de Medicina da Sanar, alerta
para alguns pontos importantes.
1.
Nenhuma forma de testar a sua produção de anticorpos contra o novo Coronavírus
é capaz de garantir que você estará protegido contra uma eventual infecção ao
longo do tempo. Portanto, não dá para você fazer um
teste e sair por aí tranquilo, porque sua imunidade está alta”. Essa
tranquilidade só pode vir com a maioria da população imune ao vírus. Por isso,
avalie se realmente o resultado desse exame será capaz de modificar o seu
comportamento. Na opinião do especialista, não MUDA NADA.
2. A vacinação, independente de qual for a vacina, é o melhor caminho, é a solução mais importante do momento, Mas cuidado com os alardes de que “fulano se vacinou e pegou mesmo assim”. A cadeia de transmissão não necessariamente será interrompida com a vacina, afinal de contas o maior compromisso dos imunizantes é reduzir a gravidade das formas de COVID19 e não necessariamente bloquear a transmissão entre pessoas. Portanto, os vacinados podem continuar tendo Covid, mas sua ampla maioria na forma leve ou moderada e sem "estressar" a capacidade de absorção hospitalar.
3. O mundo mudou, não tem jeito. Depois
de uma pandemia nesta dimensão, novos hábitos devem substituir antigos
costumes. Nos tornaremos menos "latinos" e mais "asiáticos". A
etiqueta oriental está muito mais adaptada aos cuidados individuais, como o uso
de máscaras em determinados ambientes, o cuidado na higienização das mãos e no
uso do álcool após tocar em superfícies como corrimões e maçanetas.
Vamos ter que nos adequar mais a essa rotina, e nos reorganizarmos em relação
aos contatos físicos e multidões.
4. A nossa cultura de vacinação
precisa ser fortalecida neste momento, e não só para Covid, mas também para
doenças como a Influenza e Pneumococo, importantes agentes relacionados a
questões respiratórias. Essas vacinas devem ganhar importância
ao longo dos próximos anos. O Brasil, por exemplo, ainda não atingiu a meta de
vacinação de influenza em 2021. Você já tomou a sua?
5. Temos que ser mais responsáveis pelo
nosso entorno e nos ambiente que convivemos. Sintomas respiratórios,
independente de quais sejam, serão o nosso sistema de alerta social para evitar
sair de casa, optando pelo trabalho remoto e o cuidado com aglomerações durante
um período. Este tipo de preocupação é fundamental para
evitar que surtos de covid19 ou outras doenças aconteçam no futuro. Essa
preocupação é real, não é catastrófica.
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