Oncologia Pediátrica: tratamento para crianças e adolescentes vai além da adaptação dos tratamentos existentes para adultos
Com metabolismos diferentes, crianças e
adolescentes não são “adultos pequenos”; tratamento oncológico efetivo requer
foco interdisciplinar especializado nas características biológicas e orgânicas
próprias da faixa etária
Na data em que é celebrado
o Dia do Pediatra,
27 de julho, o Centro
Infantil Boldrini reforça a importância do investimento em
ciência e pesquisa para o câncer pediátrico. “Com estudos específicos para essa
faixa etária, estamos cada vez mais entendendo, tratando e derrotando o câncer
infantil”, pontua a médica Silvia Brandalise, presidente do Centro Infantil
Boldrini, hospital filantrópico que é referência no tratamento de câncer
pediátrico na América Latina.
Pesquisas do INCA (Instituto
Nacional de Câncer), apontam que o
câncer pediátrico (de 0 a 19 anos de idade) representa 3% do total da doença em
adultos – fato que desencadeou, em todo o mundo, maior foco de pesquisa para
esses pacientes. Há algumas décadas, no entanto, pesquisadores dos principais
centros infantis do mundo têm se dedicado à pesquisa voltada para pediatria
oncológica, melhorando – e muito – os índices de cura e sobrevida de pacientes.
Hoje, os índices de cura de leucemia chegam a 80% nos países desenvolvidos –
taxa que também é alcançada no Centro Infantil Boldrini.
“Ensaios clínicos
exclusivos, ciência inovadora e atendimento abrangente ao paciente são a chave
para o sucesso do tratamento em Pediatria Oncológica. Com isso, médicos e
pesquisadores, atuando lado a lado, são capazes de definir novas fronteiras
para oncologia pediátrica”, afirma Dra. Silvia.
Tratamento do câncer em
crianças: o tratamento depende do tipo de câncer. Os tratamentos podem
incluir cirurgia, quimioterapia, radioterapia ou, às vezes, imunoterapia. Com
frequência, um paciente recebe mais de um desses tratamentos.
O tempo necessário para o
tratamento difere dependendo do tipo de câncer e do seu estágio
inicial. Em geral, os tratamentos demoram vários meses ou mesmo alguns
anos.
Pesquisadores e médicos de
grandes centros internacionais estão trabalhando em novas terapias para
crianças com câncer. Alguns desses tratamentos, chamados de medicina de
precisão, têm como alvo alterações genéticas específicas no de cada
tipo do câncer.
Pesquisas em genética: Aprender quais mudanças genéticas causam um câncer pode ajudar os médicos a diagnosticá-lo com mais eficácia. No futuro, essas informações também podem ajudar os cientistas a desenvolver melhores tratamentos.
Mutações genéticas nunca
vistas em cânceres de adultos são encontradas em 55% dos casos de câncer
pediátrico, segundo dados do hospital americano John Hopkins, referência mundial
em pesquisas científicas. Esse dado, por si só, retrata a importância de
estudos voltados para a descoberta de tratamentos específicos para o câncer em
crianças e em adolescentes – atividade à qual se dedica, o Centro de Pesquisa
Boldrini (CPB), localizado na cidade de Campinas, SP.
Primeiro e único Centro de
Pesquisa do Brasil a dedicar-se exclusivamente à pesquisa sobre câncer
pediátrico, o CPB conecta cientistas, médicos oncologistas pediátricos e
universidades de diferentes regiões do Brasil e do exterior. para impulsionar a
pesquisa de novos tratamentos.
O trabalho no Centro de Pesquisa, intimamente articulado com o Hospital, o conduziu a identificação de uma nova droga contra o câncer, já patenteada internacionalmente em alguns países, todavia aguardando o registro da patente no Brasil. O desenvolvimento e a implantação de novas tecnologias diagnósticas, representaram grandes avanços na compreensão e no monitoramento do tratamento do câncer pediátrico, como também sobre a natureza e o contexto molecular, genético e do desenvolvimento dos cânceres da criança e do adolescente.
Atualmente são
nove os grupos de estudos do Centro de Pesquisa Boldrini englobam as
áreas-chave mais avançadas em pesquisa científica em câncer: imunoterapia; anticorpos monoclonais
terapêuticos; DNA circulante tumoral; tumores do sistema nervoso central;
doença residual mínima, novas drogas; fatores ambientais e câncer pediátrico,
informática e espectrometria de massa.
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