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sexta-feira, 18 de junho de 2021

Tecnologias minimamente invasivas reduzem em 93% risco de hérnia após cirurgia abdominal


Entre os pacientes que passam por uma cirurgia no abdome, cerca de 15% desenvolvem uma hérnia no local da incisão cirúrgica. Quando o procedimento é realizado de forma minimamente invasiva, com as tecnologias laparoscópica e robótica, esse risco cai para 1% devido aos cortes menores, de acordo com a Sociedade Brasileira de Hérnia, representando redução de 93%.

Segundo o cirurgião e presidente da SBH, Christiano Claus, o risco existe para todos os tipos de procedimentos que exigem incisões no abdome. "Seja retirada da vesícula, cirurgia de apêndice, intestino ou estômago. Uma incisão feita na parede abdominal que não cicatriza de forma adequada pode resultar em uma hérnia incisional", explica.

Ela acontece devido a separação precoce da fáscia muscular no pós-operatório. O Dr. Marcelo Furtado e vice-presidente da SBH afirma que existem fatores de risco para o desenvolvimento da doença. "Durante o primeiro mês após a cirurgia a resistência da ferida à tração é menor, o que resulta na dependência da sutura. Pessoas com anemia, desnutridas, que fazem uso de corticoides, com tosse crônica e, principalmente, aquelas com infecção na ferida cirúrgica, obesidade e tabagismo têm maiores chances de desenvolver hérnias incisionais".

Quando a hérnia ocorre o paciente apresenta um caroço na região, com dor que aumenta durante a prática de exercícios físicos e melhora com o repouso. O diagnóstico é simples e acontece com exames clínicos associados a exames de imagem.

RISCOS DA HÉRNIA - As hérnias abdominais correm risco de complicações como o encarceramento e o estrangulamento, que são quadros de emergência médica. O diretor da SBH, Dr. Gustavo Soares, alerta para os sintomas: "Dor intensa e aumento de volume mais acentuado no local da hérnia, obstrução do intestino, vômitos e estufamento abdominal também podem estar presentes".

Nesses casos é essencial buscar uma unidade de pronto-atendimento.

DADOS - Apenas no Sistema Único de Saúde (SUS) foram feitas 25,1 mil cirurgias para reparos de hérnias incisionais em 2019 e 12,6 mil, em 2020 - ano de pandemia e paralisação dos procedimentos eletivos.
Estima-se que sejam realizadas aproximadamente 600 mil operações para reparos de hérnias abdominais ao ano no Brasil, fora de época de pandemia, levando em consideração o sistema público e privado de saúde.

Para saber mais, acesse: sbhernia.org.br

 

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