O cenário atípico provocado pela pandemia da Covid-19 trouxe grandes desafios para as empresas em todo mundo e a transformação digital foi a principal. A adoção de tecnologias em todas as fases da cadeia de valor de negócios é a alternativa de sobrevivência para organizações de todos os portes e segmentos. E evolução da tecnologia no mundo corporativo é responsável pelo suporte de todo o planejamento e estratégia, que sustenta a eficiência, influencia positivamente na redução de custos, na efetividade de processos e na logística, além do aumento na performance e nos resultados. A necessidade do isolamento social refletiu na aceleração das mudanças e fez com que as empresas adotem novas medidas de migração e aperfeiçoamento de suas operações, como gestão, vendas, logística, atendimento e assistência técnica, para o mundo virtual.
E a evolução digital e do negócio passa,
atualmente, pela aplicação correta da gestão de dados. A organização de dados
tem sido fundamental para a estratégia e sobrevivência de muitas empresas. A
partir de uma boa gestão dessas informações é que se consegue gerar insights
para criar novas oportunidades de negócio e superar as dificuldades causadas
pela pandemia.
Entretanto, muitas empresas ainda não fazem uma boa
gestão dos dados de que dispõem, deixando de dar a devida atenção à sua
qualidade e ao seu uso efetivo. É importante trata-los de forma adequada, com
soluções inovadoras para sua validação e organização, e com isso tirar deles o
melhor proveito. O acervo de dados certamente é um dos principais ativos que a
companhia possui.
Estima-se que a pandemia adiantou em cinco anos a
transformação digital e tornou a tecnologia uma peça fundamental para o futuro
das companhias brasileiras e mundiais. E nesse contexto, aspectos como a
segurança da informação e a qualidade dos dados precisam ser repensados e
tornaram-se estratégias essenciais para o desenvolvimento da empresa.
Para dispor de informações completas e atualizadas,
são essenciais iniciativas de gerenciamento de dados como, por exemplo, o MDM
(Master Data Management), tarefa na qual as áreas de negócio e tecnologia
trabalham juntas para garantir a uniformidade, a precisão e a consistência dos
dados oficiais compartilhados na empresa.
E no meio do turbilhão provocado na pandemia, em
meio a este processo de revolução digital, entrou em vigor a Lei Geral de
Proteção de Dados - LGPD em agosto do ano passado. Vale frisar que a nova lei
trouxe mudanças significativas na forma de funcionamento e operação sobre
coleta, armazenamento, tratamento e compartilhamento de dados pessoais, impondo
um padrão mais elevado de proteção e penalidades significativas para o não
cumprimento da norma.
A nova legislação entende por dados pessoais a
informação relacionada à pessoa e por tratamento de dados a operação realizada
com dados pessoais, como as que se referem à coleta, classificação, utilização,
acesso, reprodução, processamento, armazenamento, eliminação, controle da
informação, etc. Assim, as empresas precisaram mergulhar de uma forma mais
profunda na definição de normas e regras de conscientização do uso e coleta dos
dados, além de implementar, necessariamente, ferramentas e processos para não
infringir a nova lei e ficar exposto à sanções, como pagamento de multas.
O ano de 2021, sem dúvidas, será decisivo para os
novos rumos da tecnologia e da gestão de dados no Brasil. A transformação é um
caminho sem volta. E para promover a transformação digital, as empresas devem
implementar novos processos e soluções tecnológicas adaptadas às demandas do
negócio.
André França Cardoso -
CEO da Assesso, provedora de software e consultoria para Gestão da Informação e
Qualidade de Dados, que atende empresas como Natura, Gol, Santander e Sodexo.
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