Freepik |
Com 82 plataformas espalhadas pelo Brasil e menos invasiva, cirurgia proporciona uma recuperação mais rápida para as pacientes
Desde 2020, a rotina médica foi
alterada devido aos efeitos causados pela Covid-19. Com isso, muitos
procedimentos realizados no dia a dia dos hospitais estão sendo adiados por
conta do risco de contágio do Sars-Cov-2. Isso também acontece em alguns quadros
ginecológicos. Apesar da atual situação, a cirurgia robótica tem ganhado
destaque nestes procedimentos, principalmente nos casos de endometriose e
miomas, em que a tecnologia já se mostrou capaz de ajudar as pacientes na
rápida recuperação destas doenças.
Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Minimamente Invasiva e Robótica do Capítulo do Rio de Janeiro (SOBRACIL-RJ), Dr. Thiers Soares, este tipo de procedimento possibilita que a internação e a alta hospitalar da paciente seja rápida, garantindo, assim, uma redução de tempo dentro da unidade e diminuindo seu tempo de exposição e risco ao coronavírus.
Mesmo com a suspensão de cirurgias e exames eletivos ao redor do país, foram realizadas mais de 14 mil cirurgias robóticas, no Brasil, em 2020. No segmento ginecológico, a orientação é realizar essas intervenções, a fim de evitar o agravamento das doenças, principalmente neste período de difícil acesso a acompanhamentos médicos.
A cirurgia robótica chega como uma ferramenta valiosa, que garante para os profissionais da saúde a precisão e a excelência dos procedimentos realizados nas salas de cirurgia. "Com quatro braços, o robô Da Vinci possibilita uma visão 3D dos órgãos e ainda amplia a atuação médica com mais mobilidade durante o procedimento. Este robô tem uma capacidade de articulação maior do que teria manualmente, com movimentos muito mais angulados", aponta o Dr. Thiers Soares.
De origem norte-americana, o robô Da Vinci é uma plataforma que tem a aparência de um ‘polvo’, com três braços para os instrumentos cirúrgicos e um braço para visualizar os órgãos do paciente. Como em um microscópio, o cirurgião encaixa a face no visor do robô e manuseia o aparelho todo pelos controles do console. Embora ofereça vários benefícios, a cirurgia robótica ainda é pouco praticada no Brasil. "Esta tecnologia está presente no país desde 2008, entretanto, existem apenas 82 plataformas do robô Da Vinci responsáveis pelas intervenções robóticas em todo o país e apenas duas variedades de equipamento, que concentram outros tipos de especialidades, como urologia e cirurgias bariátricas", explica o especialista.
De acordo com a Rede D’OR São Luiz, uma das redes hospitalares líderes de cirurgia robótica no Brasil, foram realizados mais de 4 mil procedimentos nos últimos 3 anos em todo o território nacional.
O cirurgião realiza diversos cursos ao redor do Brasil para capacitar os profissionais da área para as cirurgias robóticas ginecológicas. Em 2020, realizou cursos em Curitiba, Brasília e São Paulo. A expectativa é expandir estes cursos para diversos profissionais médicos brasileiros.
Dr. Thiers Soares - Graduado em Medicina pela Fundação Universitária Serra dos Órgãos (2001), Dr. Thiers Soares é atualmente presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Minimamente Invasiva e Robótica - capítulo Rio de Janeiro - RJ e médico do setor de endoscopia ginecológica (Laparoscopia, Robótica e Histeroscopia) do Hospital Universitário Pedro Ernesto (Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ). É membro honorário da Sociedade Romena de Cirurgia Minimamente Invasiva em Ginecologia, membro honorário da Sociedade Búlgara de Cirurgia Minimamente Invasiva, membro honorário da Sociedade Romeno-Germânica de Ginecologia e Obstetrícia e membro da diretoria e comitês de duas das maiores sociedades mundiais em cirurgia minimamente invasiva em ginecologia (SLS e AAGL). Designado para receber, no ano de 2021, o título de Doctor Honoris Causa, pela Universidade Victor Babe, na Romênia, o médico ainda será homenageado no Congresso Anual da SLS, programado para Nova York, em agosto deste ano, com o título de Honorary Chair. Também é Senior Medical Advisor do Luohu Hospital, em Shenzen, na China.
https://www.instagram.com/thiers/
https://drthiers.com/
https://www.linkedin.com/in/thiers-soares-raymundo-830b8a73/
Nenhum comentário:
Postar um comentário