Entenda
de uma vez por todas as diferenças entre esses dois procedimentos usados para o
rejuvenescimento facial
O nome
comercial da toxina botulínica, Botox, virou praticamente sinônimo para
qualquer tratamento estético facial. Mas, não é bem assim.
Embora o tratamento com o Botox e o ácido hialurônico não seja novidade na
medicina estética, muitos pacientes não sabem exatamente as diferenças e os
objetivos de cada uma dessas substâncias.
Segundo a oftalmologista Dra. Tatiana Nahas, Chefe do Serviço de Plástica
Ocular da Santa Casa de São Paulo, o Botox (toxina botulínica) é indicado
para tratar e prevenir as rugas. Já o preenchimento com ácido hialurônico é
aplicado para preencher o volume e o contorno da face, perdidos devido ao
processo do envelhecimento natural.
“Os dois procedimentos podem ser feitos juntos ou separados. A decisão sempre
vai depender da idade do paciente e dos objetivos do tratamento estético”.
A origem das rugas
“A partir dos 30 anos, ocorrem mudanças degenerativas nas fibras do colágeno e
da elastina da derme, sendo essas duas substâncias responsáveis pela firmeza e
elasticidade da pele. Há também atrofia dos músculos da expressão facial, alterações
na estrutura óssea e reestruturação da gordura facial”, explica Dra. Tatiana.
Essas alterações estruturais da face levam ao surgimento das rugas, que são
sulcos ou depressões na pele. As rugas dinâmicas são aquelas que se desenvolvem
devido a um movimento muscular como sorrir, chorar, franzir a sobrancelha etc.
Entretanto, aqui vai um alerta: uma ruga dinâmica pode se tornar uma ruga
estática!
“A ruga estática é aquela permanente, ou seja, a pele fica marcada de forma
definitiva e ela pode ser vista sem qualquer movimento do rosto. Geralmente, as
rugas estáticas são mais profundas que as dinâmicas”, afirma a especialista.
Botox nelas!
A boa notícia é que a toxina botulínica suaviza as rugas e as marcas de
expressão ao bloquear a contração muscular. Isso impede que a ruga apareça ou
fique muito visível quando a pessoa se expressa.
Dra. Tatiana lembra ainda que, além de suavizar as marcas de expressão, a
toxina age de forma preventiva na área em que foi aplicada, já que a pele não
irá sofrer movimentação devido à paralisia muscular (no período de duração da
toxina).
Rugas que podem ser tratadas
- Pés de galinha (rugas periorbitárias)
- Rugas no meio das sobrancelhas (glabela)
- Rugas da testa
- Rugas ao redor dos lábios
Volume é tudo
Além das rugas, o envelhecimento no rosto é resultado da perda do volume
facial. “Há reposicionamento e redução da gordura, bem como remodelamento
ósseo. O melhor exemplo desse efeito é quando pensamos nas “maçãs do rosto”. Em
pessoas mais jovens, a região é convexa. Ao envelhecer, a região se torna mais
côncava e achatada”, ressalta Dra. Tatiana.
Portanto, como o próprio nome diz, o preenchimento vai tratar essa perda do
volume facial, além de corrigir as áreas de sombra típicas do envelhecimento
facial.
Duração e custos são diferentes
A aplicação do Botox e do preenchimento é similar, feita com pequenas agulhas,
nos pontos que mais incomodam o paciente em relação à aparência.
Uma diferença importante entre o Botox e preenchimento é a duração. O preenchimento
pode durar até 18 meses, enquanto a toxina botulínica dura, em média, de 4 a 6
meses.
Os valores também diferem. A toxina tem um preço menor, tornando-a mais
acessível. O preenchimento tem um valor mais alto, principalmente quando é
preciso preencher diversos pontos na face.
“Outro ponto positivo desses procedimentos é que são reversíveis,
ou seja, se a pessoa não gostar do resultado, basta esperar o corpo absorver os
produtos e aparência voltará ao que era antes das aplicações”, finaliza Dra.
Tatiana.
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