Foto de Khari Hayden - Pexels
Nesse dia da Terra (dia 22 de abril), infelizmente, precisamos ainda de muitas mudanças, se quisermos comemorar. Nesta data, a ONG internacional Million Dollar Vegan (MDV) relembra o início de sua campanha #TireAsPandemiasDoCardápio que começou em abril de 2020 para aumentar a conscientização do público a respeito dos impactos da nossa alimentação sobre o planeta e a sociedade.
A campanha, iniciada há exato um ano este mês, ressalta que a pandemia da Covid-19 veio revelar como nossa relação com os animais criados para consumo está prejudicando nossa sociedade e nosso planeta. Em 2013, a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) já indicava em um de seus relatórios que pelo menos 70% das enfermidades infecciosas que surgiram após a década de 1940 têm origem animal. Ou seja, mudar hábitos alimentares não é mais uma mera questão individual, mas sim, um compromisso com a saúde pública e a coletividade.
Entretanto os impactos da nossa alimentação vão além do aumento dos riscos de pandemias. Essa procura voraz por proteína animal tem custado caro para o planeta Terra e consequentemente para os seres humanos, de diversas formas. A necessidade de pastagem para gado, por exemplo, é a principal causa do desmatamento no mundo, chegando a ser responsável por 80% da perda das florestas no Brasil, segundo a ONU¹ e a Universidade de Yale.²
A pecuária também é um importante contribuidor para a emissão de gases de efeito estufa que provocam as mudanças climáticas, responsável por pelo menos 14% de toda a emissão causada pelos seres humanos, segundo a FAO/ONU.³ No Brasil, o coordenador do SEEG (Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa), Tasso Azevedo apontou que o país "tem uma atividade econômica [agropecuária] que contribui com 20% do PIB brasileiro, mas que representa quase 73% das nossas emissões [de gases de efeito estufa]".⁴
Outra consequência alarmante do consumo de produtos de origem animal se dá para os oceanos, como evidenciado no documentário Seaspiracy, recém-lançado pela Netflix. A obra denuncia a relação da pesca predatória com a extinção de espécies de peixes, como o atum verdadeiro, e o aumento da poluição das águas por plásticos, já que muitos materiais de pesca, como redes e partes de equipamentos, são perdidos em alto mar. Além disso, o filme revela a ameaça que essa atividade representa para espécies que não são tradicionalmente usadas para consumo, como golfinhos, tartarugas e baleias, atingidos pela captura acidental das redes de pesca.
Diante desse cenário preocupante, a campanha da Million
Dollar Vegan foca fortemente na divulgação de um dos principais caminhos para
recuperar a saúde do planeta Terra, segundo a organização: a alimentação
baseada em vegetais. Em seu site (www.milliondollarvegan.com/pt-br/),
a organização oferece conteúdo gratuito sobre nutrição e suporte para pessoas
que desejam descobrir o veganismo.
Para aqueles que acham que atitudes individuais, como
deixar de comer carne e alimentos de origem animal, não tem impacto nenhum, o
veganismo veio provar nossas escolhas conseguem abalar as velhas estruturas. Só
no Brasil, o número de adeptos cresceu 75% entre os anos de 2012 e 2018,
causando uma mudança gigantesca no setor alimentício.⁵ Em uma volta por
qualquer supermercado é notória a diferença nos últimos anos, as gôndolas têm
muito mais espaço para carnes e leites vegetais, além de outros produtos
veganos. E esse é só o começo!
Por isso, a Million Dollar Vegan incentiva que o público "Tire As Pandemias Do Cardápio"
e proteja o planeta, participando do seu desafio de 31 dias para descobrir o
veganismo.
Para mais informações sobre a Million Dollar Vegan
e sua campanha Tire As Pandemias Do Cardápio, visite.
www.MillionDollarVegan.com/pt-br
¹ http://www.fao.org/americas/noticias/ver/en/c/425600/
² https://globalforestatlas.yale.edu/amazon/land-use/cattle-ranching
³ http://www.fao.org/news/story/en/item/197623/icode/
⁵ https://www.svb.org.br/vegetarianismo1/mercado-vegetariano
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