Há
casos que são recomendados o uso de antidepressivos e sessões terapêuticas
A mudança na rotina dos pets, neste
período de isolamento social, devido ao Covid-19 pode estar deixando os animais
de estimação entediados e tristes, assim como os seres humanos. A depressão nos
mascotes pode se manifestar de várias maneiras e as principais causas são a
falta de atividades físicas e dos passeios.
Segundo a Médica Veterinária e
professora do curso de Medicina Veterinária da Universidade UNG, Karina D'Elia
Albuquerque, todos os animais domésticos podem sofrer de depressão,
principalmente cães e gatos. “Atualmente com a humanização dos animais
domésticos, temos nos deparado com recorrentes manifestações de depressão,
ansiedade e outros distúrbios psicológicos que afetam diretamente a
personalidade destes animais, como por exemplo: irritabilidade, destruição de
móveis e objetos pessoais, e urinar e defecar fora dos locais
pré-estabelecidos”, explica.
Saiba o que a Dra. Karina D'Elia
Albuquerque tem mais a dizer sobre o assunto.
Os cães são seres mais dependentes,
como os sintomas de depressão se manifestam?
Há diversas formas de aparecimento da
depressão. Nos cães, podem manifestar a perda do apetite, apatia acentuada,
lambedura excessiva nas patas e no corpo, tristeza profunda, rejeição ao toque
e isolamento.
Os gatos têm depressão? Como
identificá-las?
Os gatos são ainda mais propensos a
desencadear a patologia, pois a mudança de rotina pode levar a depressão e, com
isso, o aparecimento de doenças, como a Síndrome da Pandora (cistite idiopática
no felino), e principalmente as fêmeas, que iniciam com sintomas de cistite e
hematúria (sangue na urina). Outros animais se escondem e param de se
alimentar.
Por que a depressão aparece?
Os cães e os felinos são muito
resistentes às mudanças de rotina, como a introdução de um novo animal na casa,
a morte de uma pessoa próxima ou o afastamento de um animal
companheiro.
Existe tratamento? Quais alternativas
existem para reverter o quadro de depressão?
Em primeiro lugar, precisamos minimizar ao máximo as mudanças de
rotina, levar ao veterinário para realizar exames laboratoriais e de imagem, e
ter certeza que não há doenças primárias, tentar manter uma rotina diária com
os animais, como passeios, dentro do possível, e brincadeiras. Manter um
acompanhante sempre que possível na ausência do proprietário. Há casos que são
recomendados o uso de antidepressivos e sessões terapêuticas caninas.
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