A menos de 30 dias para o final do ano, é desafiador pensar em tendências e perspectivas, para o ano que segue. Pandemia de Covid-19, crise econômica, vacinação em massa, fim do isolamento social, flexibilização do home office, estímulos econômicos, muito, ainda é incerto. O certo é que o ano de 2020, assolado pela pandemia, acelerou transformações que, definitivamente, mudaram nossas vidas. Neste contexto, o uso da TI foi fundamental para enfrentarmos os desafios do combate e controle da doença. Estima-se que a pandemia antecipou em cinco anos a transformação digital, já em curso ao longo dos últimos anos.
Deste modo, com a tecnologia cada vez mais presente
no dia a dia das pessoas e o mercado voltado à experiência do
cliente em sua jornada de consumo digital, o desafio agora é integrar as
inovações digitais, assumidas durante a pandemia, a estratégia de longo prazo
da empresa. A seguir elencamos algumas tendências e adversidades, em TI, que
ajudarão as empresas a manter sua competividade e explorar o crescimento dos
negócios.
Times especializados
Com a falta crescente de profissionais
qualificados, muitos produtos e inovações podem demorar a chegar ao mercado, e,
muitas vezes, ao serem lançadas já não atendem aos requisitos desejados pelos
clientes. Ainda que o digital avance rapidamente em nosso dia a dia, é
fundamental compreender que a base para a transformação digital é o capital
humano. E os melhores resultados são obtidos por empresas que possuem equipes
especializadas, multidisciplinares, trabalhando com metodologias ágeis para
desenvolver soluções e que coloquem o cliente no centro da estratégia do
negócio. Nestes termos, vale considerar a terceirização do total, ou de
parte, da equipe de TI como estratégia de negócio para garantir a
especialização, a agilidade e a qualidade das entregas da equipe.
Operação anywhere
A Covid-19 nos desafiou ao trabalho remoto e a
experiência nos provou que, muitas atividades, é possível utilizar-se desse
modelo operacional, permitindo que os sistemas corporativos sejam acessados,
entregues e habilitados em qualquer lugar para que as equipes continuem o
trabalho, ainda que fisicamente isolados. Pesquisas apontam que, no
pós-pandemia, as empresas adotarão um modelo híbrido de trabalho, com
algumas funções realizadas presencialmente na empresa e outras funções
desenvolvidas de forma remota.
Inteligência dos dados
À medida que as organizações aceleram a estratégia
de negócios digitais impulsionadas por uma transformação digital acelerada,
cada vez mais, a competitividade no ambiente digital exigirá das empresas
tomadas de decisões ágeis e assertivas, baseada em um volume massivo de
dados. Para isso, é preciso adotar uma cultura data driven, com dados
estruturados, integrados e enriquecidos. Faz parte dessa iniciativa a automação
do processo de extração de dados, fazendo uso de inteligência artificial e
machine learning para garantir agilidade e confiabilidade na obtenção de dados
relevantes, bem como a predição de tendências, riscos e oportunidades de
mercado.
Automação total da cadeia de negócio
A aceleração dos negócios digitais exigirá também
maior eficiência e agilidade na entrega de valor ao cliente, seja relacionada a
produtos ou a serviços. E, para garantir essa agilidade e eficiência, a
automação deve ser adotada ao máximo e deve estar integrada em toda a cadeia de
negócio. Essa é a chamada hiperautomação, que segundo levantamentos do Gartner,
serão essenciais para garantir a sustentabilidade dos negócios.
Cibersegurança
O modelo de trabalho em home office deve permanecer
em nosso dia a dia e, desta forma, muitos continuarão a se conectar usando seus
próprios dispositivos e suas redes Wi-Fi domésticas, muitas vezes sem a
segurança adequada e conectadas a uma série de dispositivos de internet das
coisas, que são potenciais vetores de ataque. Sendo assim, o modelo de
segurança centrado no perímetro da rede, deverá ser substituído por um modelo
de segurança distribuído, focado na segurança dos chamados endpoints (dispositivos,
aplicativos, dados, utilizados localmente pelos usuários).
Devido a essa maior distribuição dos usuários,
ainda será necessário reforçar as políticas de segurança, utilizando conjuntos
de regras dinâmicas e granulares. Contando também com uma infraestrutura
adequada para a aplicação e o monitoramento destas políticas. Para isto,
será necessário aumentar e melhorar a coleta, o processamento e a análise de
dados para gerenciamento de riscos cibernéticos e proteção à infraestrutura em
nuvem.
Leonel Nogueira - CEO da Global TI
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