Próximo do verão, aumentam os casos de acidentes como afogamentos, mal súbito, hipotermia e traumas, além disso, este ano ainda requer uma preocupação a mais, o Coronavírus
Próximo da estação mais
quente do ano, torna-se comum a procura por piscinas, praias, rios, cachoeiras,
entre outros lugares que refrescam e, ao mesmo tempo, transformam o momento em
diversão para o corpo e a alma.
No entanto, é nesta época do
ano que são registrados os maiores números de acidentes que podem, inclusive,
levar uma pessoa a perder os movimentos de braços e pernas e até a morte
durante banhos e mergulhos.
Segundo dados divulgados pela
Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa), a cada 92 minutos, um
brasileiro morre afogado; 52% das mortes estão na faixa de 1 a 9 anos idade e
ocorrem em piscinas e residências; 70% dos óbitos são registrados em rios e
represas; 44% ocorrem no verão (de dezembro a março), e mais de 90% das mortes
acontecem por ignorar os riscos, não respeitar limites pessoais e desconhecer
como agir.
No Brasil, os afogamentos são
a segunda maior causa de mortes e a sétima de hospitalização por motivos
acidentais entre crianças de 0 a 14 anos, segundo a ONG Criança Segura.
A neurocirurgiã Danielle de
Lara, que atua no Hospital Santa Isabel (Blumenau/SC), alerta que, depois
dos afogamentos, os acidentes mais comuns no verão são, mal súbito, hipotermia
e traumas em geral.
Para não deixar o lazer de
lado, a especialista ressalta sete fatores importantes para prevenir qualquer
tipo de acidente, e até mesmo a morte. São eles:
Conhecer a
profundidade do local em que mergulhará, principalmente em lugares que possuem
pedras, como rios e cachoeiras;
Observar se há
salva-vidas por perto;
Para as piscinas,
mantenha em dia o exame médico;
Evitar ingerir
bebidas alcoólicas e alimentos pesados antes de mergulhar;
Evitar saltar de
cabeça e ficar atento com saltos em beiradas de piscinas, trampolins e afins;
Crianças sempre devem
estar supervisionadas por um adulto;
Não superestime sua
capacidade de nadar.
“A maioria destes
incidentes ocorre por falta de prudência. As pessoas ignoram seus limites e
acham que sempre podem avançar um pouco mais e, isto pode ocasionar um
afogamento ou algo pior”, afirma Danielle.
Coronavírus e o verão
A neurocirurgiã explica que,
além da preocupação com afogamentos e traumas, este ano ainda requer uma
preocupação a mais, o contágio da Covid-19.
E, a pergunta que muitas
pessoas fazem é esta – “Posso me contaminar dentro da piscina?” – a resposta é:
pouco provável, afirma a médica.
“Com a ação do cloro, não é
possível que o vírus fique dentro da água. Portanto, uma vez estando imerso na
piscina, a pessoa têm mínimas chances de contrair a doença”, explica Danielle.
Porém, a especialista alerta,
dentro da piscina não é possível contrair o vírus, mas, na beirada da piscina e
mantendo contato com outras pessoas, é possível.
“É preciso que as pessoas
entendam que, mesmo que os locais estejam abertos para o público frequentá-los,
é preciso que haja atenção e cuidado. Então, a dica que fica é, tenha seu
próprio kit pessoal como álcool em gel, toalhas e chinelos. Além disso, sempre
que estiver fora da piscina use máscara e evite aglomerações”, finaliza a
neurocirurgiã Danielle de Lara
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