Construtech
investe em novas tecnologias e dobra o faturamento mesmo durante a pandemia
No último mês o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o Produto Interno Bruto
(PIB) do segundo trimestre de 2020, que teve uma queda em 9,7%, chegando cerca
de R$ 1,7 trilhão. O encolhimento do PIB é um reflexo econômico da pandemia
ocasionada pela COVID-19 e que está afetando diversos setores do país, sendo
comércio, indústria e serviços os mais atingidos. Mas como a queda do PIB
impacta na construção civil?
O PIB da construção civil fechou o
último trimestre também com queda de 5,7%, comparado ao mesmo período de 2019.
Essa queda foi causada pela diminuição da ocupação informal e do consumo de
materiais. De acordo com Carlos Eduardo Roginski, engenheiro e sócio da
Celere – construtech de construção - a queda do PIB tem um impacto negativo nos
resultados do setor da construção civil. Entretanto, com a taxa SELIC no
patamar atual de 2%, pode apontar um cenário positivo para os próximos meses.
“Esta queda do PIB traz outras variáveis como desemprego, problema de acesso a
crédito, queda de poder de compras das famílias, entre outros. Porém, também é
possível imaginar um cenário positivo, no qual a construção civil como um todo
possa ser estimulada a ser um fator chave para retomada da economia o que,
somado a outros fatores como a taxa SELIC nos patamares que temos hoje, pode
apontar para um cenário positivo", explica.
Segundo dados divulgados pela
Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) a venda de
imóveis cresceu 10,5% no segundo trimestre de 2020, em relação ao mesmo
trimestre do ano passado. Mesmo em meio à pandemia, a taxa de juros menores e a
busca por espaços maiores e mais confortáveis impulsionaram os resultados
positivos para o setor. "Apesar dos reflexos negativos desta pandemia em
diversos setores, o fato de ser classificado como um serviço essencial
minimizou os impactos no mercado de construção, porém abalou o otimismo e
confiança dos investimentos que estavam fazendo a construção aquecer no início
de 2020. A queda da taxa de juros fomenta o investimento fora do mercado
financeiro e o acesso ao crédito com taxas mais atrativas. Acredito que seja
uma excelente oportunidade para as incorporadoras estudarem seus produtos e
projetos”, comenta Bruna Bergamo, engenheira e sócia da Celere.
Construtech investe em novas
tecnologias e aposta no aquecimento do setor da construção civil
A pandemia acelerou o processo de
transformação tecnológica em muitas empresas. O setor imobiliário ainda é muito
resistente a mudanças de processos e produtos e diversas iniciativas
encabeçadas por construtechs estão mudando a realidade da construção civil. “A
tecnologia aplicada ao mercado prevê uma tendência de crescimento, eficiência e
rentabilidade ao setor. Acredito que as inovações irão proporcionar um cenário
que facilite a retomada da economia e da construção, na gestão de processos,
controle, execução, produto e qualidade”, diz Bergamo.
A Celere iniciou o ano otimista e bateu
recordes de produção e entrega até o mês de março com novos projetos. Contudo,
assim como os demais setores, a construtech também sentiu os efeitos da
pandemia. Alguns projetos foram interrompidos e a queda nas vendas fez com que
a construtech investisse em novas tecnologias e se adaptasse à nova
realidade, para continuar ganhando mercado e expandido seus serviços. “A
postura que a Celere adota sempre é se manter flexível e adaptável para se
reinventar. Focada em estudos de viabilidade, orçamentos e gerenciamento de
obras, nos últimos meses a construtech redesenhou e criou novos produtos,
que serão 100% digitais e poderão ser acessados em qualquer lugar, tanto por
clientes quanto por colaboradores", complementa a engenheira.
Adotar uma nova postura perante a
pandemia, transformando seus produtos e serviços com tecnologia e outras
ferramentas que vem sendo desenvolvidas há cinco anos pela Celere, fez com que
os ganhos acumulados entre janeiro e agosto deste ano, por exemplo,
comparado ao mesmo de 2019, tivesse o dobro do faturamento. "Passando o
momento de maior turbulência e adaptação por causa da pandemia, notamos que era
hora de investir para acelerar o crescimento da empresa. Intensificamos o
desenvolvimento de nossa plataforma, reforçamos o time de operação e
investimento em marketing”, afirma a sócia da Celere, que também ressalta que o
time está otimista em relação ao mercado e que a empresa tem muito a contribuir
para o setor da construção ser mais tecnológico, sustentável e eficiente.
Celere
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