Neste mês de agosto, completam-se 5 meses desde o início da quarentena no Brasil, e neste período, os casos de ansiedade e estresse mais que dobraram. Segundo um estudo da Universidade do Estado do Rio (UERJ), os números correspondem à constante sensação de medo e incerteza do futuro, além do acúmulo de tarefas por grande parte das pessoas.
Mas como diferenciar estresse
e ansiedade?
A confusão entre os dois é muito comum. O estresse
se dá devido à falta de capacidade adaptativa, ou seja, nem sempre conseguimos
nos adaptar ou organizar nossas atividades, muitas vezes por acúmulo de
funções. Já a ansiedade é uma preocupação excessiva e negatividade, que muitas
vezes podem ser causadas devido a grandes níveis de estresse.
Com a quarentena, muitos começaram a trabalhar no
sistema de home office. Porém, com o trabalho em casa, veio também o
acúmulo de funções. A alteração da rotina não foi exatamente benéfica a todas
as pessoas, uma vez que o excesso de trabalho, o cuidado e a atenção com os
filhos e com a casa, tarefas que antes eram normais, porém mais facilmente
separadas e concluídas, com o home office se tornaram mais difíceis e
constantes. Além disso, outros fatores como o longo período de isolamento e a
falta de socialização têm forte influência no psicológico.
Mas o estresse e a ansiedade não afetam somente
aqueles que estão trabalhando em casa. Os trabalhadores que precisaram
continuar seguindo suas rotinas nas ruas, também sofrem. O medo e a preocupação
com o vírus, além da incerteza de estabilidade no emprego são fatores
causadores do estresse. Mais ainda para os profissionais da área da saúde, que
estão na linha de frente do combate à pandemia. O excesso de trabalho, a
exaustão emocional e mental têm afetado grande parte dos profissionais.
E para identificar esses sinais de estresse e/ou
ansiedade, é importante ficar atento a alguns sintomas físicos e psíquicos que
acometem os pacientes e procurar ajuda médica:
- Dores de cabeça e musculares
- Alergias e problemas na pele
- Alterações no sistema
digestivo
- Alteração no apetite
- Taquicardia
- Tonturas e tremores
- Sensação de falta de ar
- Alterações no sono
- Cansaço frequente
- Dificuldade de concentração
- Insônia
- Inquietação
- Irritabilidade
- Preocupações excessivas
- Pensamentos catastróficos
Estes são alguns sintomas que podem significar um
quadro de estresse e/ou ansiedade. E é de extrema importância buscar ajuda
médica para cuidar desses sintomas.
O atendimento médico irá nortear um tratamento
adequado para cada situação. Por isso, é fundamental que os sintomas não sejam
ignorados, pois os quadros também podem evoluir para outros problemas, como
depressão ou síndrome do pânico. No geral, algumas ações simples podem auxiliar
e, muitas vezes, mitigar os sinais. Neste sentido, a prática de atividades físicas
regulares, uma dieta saudável e exercícios de relaxamento para regular o sono
podem ajudar a reduzir a ansiedade, além de técnicas de respiração e
relaxamento, meditação e terapia, para contribuir na regulação emocional do
paciente. Participar de um grupo de apoio, mesmo que virtual, também pode
ajudar. Para controlar os sintomas de forma eficaz, é recomendável evitar a
cafeína, o álcool e a nicotina.
Trasmontano Saúde
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