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terça-feira, 25 de agosto de 2020

Falta de libido pode ser causada por problemas hormonais ou questões emocionais

Segundo a psicóloga Naiara Mariotto, disfunção acomete majoritariamente mulheres, mas homens também podem sofrer com falta de resposta sexual. 

 

A falta de libido, popularmente conhecida como falta de desejo sexual, afeta grande parte das mulheres ativas sexualmente. Diretamente ligada ao hormônio estrogênio, a queixa pode evoluir para um quadro mais grave que pede a investigação dos motivos ou, até mesmo, um tratamento com um psicoterapeuta especialista.  

De acordo com a psicóloga e sexóloga Naiara Mariotto, a perda ou diminuição da libido pode ser causada por alterações hormonais que resultam em problemas nas respostas sexuais e refletem em disfunções relacionadas à libido, à ereção e ao orgasmo. 

“Entre as causas, algumas medicações, como o ansiolítico e o antidepressivo, podem ocasionar um corte instantâneo ou gradual da fabricação do estrogênio, que é o hormônio provedor da libido no caso das mulheres. A fase do ciclo menstrual, o uso de drogas, o alcoolismo, a diabetes desregulada e problemas cardíacos também são possíveis motivos da disfunção”, afirma. 

Além da questão fisiológica, Naiara explica que o estado emocional da paciente também pode interferir na produção e estímulo da libido, seja porque a mulher não está bem com ela mesma ou porque não está à vontade com o parceiro ou parceira. 

“O próprio vaginismo, por exemplo, não afeta diretamente a libido, mas deixa a mulher tão apreensiva com a dor durante o ato sexual, que antes, quando ainda está na preliminar, ela fica tensa e perde o desejo”, explica. 

Apesar de acometer majoritariamente as mulheres, a falta de libido também tem sido uma queixa bastante comum aos homens em clínicas de psicoterapia. Segundo a sexóloga, os motivos, geralmente, são parecidos aos das pacientes mulheres. 

“Se for algo emocional, é recomendável entrar com a psicoterapia ou terapia sexual para trabalhar essas questões, porque pode afetar ainda as outras fases da resposta sexual, como o orgasmo, e virar uma bola de neve”, disse. 

 

Dicas para estimular a libido 

            Segundo a sexóloga, muitas mulheres que sofrem com a falta ou diminuição da libido ainda se sentem constrangidas em procurar ajuda com um psicoterapeuta especialista. Por isso, ela separou algumas dicas importantes que ajudam no estímulo do desejo. Veja abaixo: 

Faça um exame geral: a primeira dica é procurar um médico de confiança para pedir um exame hormonal que ajude a investigar se a causa é fisiológica ou emocional; 

Faça atividades físicas: é importante que a mulher esteja bem e cuide da sua autoestima, pois ela está diretamente ligada à autoestima sexual, à libido, ao desejo e às fantasias; 

Cuide de você: faça coisas prazerosas visando o autocuidado para ter mais motivação. Pequenas mudanças no dia a dia podem fazer você valorizar o seu eu; 

Tente realizar exercícios vaginais: estimular os músculos da vagina pode fazer com que a mulher se sinta mais confortável na hora da relação sexual. Para isso, pratique o exercício de Kegel ou o pompoarismo, que são técnicas de contração e relaxamento da musculatura vaginal; 

Conheça seu corpo: o toque é importante para que a mulher entenda quais movimentos provocam mais sensações. Nós vivemos em uma sociedade que não deixa a mulher se conhecer, se tocar, se entender e isso pode gerar limites sexuais na fase adulta. Se você não consegue proporcionar prazer a si mesma, como o outro vai conseguir? 

Pense sobre seus desejos e fantasias: logo cedo quando acordar, comece a estimular a sua imaginação e alimente seus próprios desejos durante o dia. Quando chegar a noite, você estará mais preparada para o ato.  

 

 



Naiara Mariotto - atua há 12 anos como psicóloga clínica, seguindo a abordagem cognitivo comportamental. É especialista em relacionamentos e equilíbrio emocional, psicoterapeuta, sexóloga, supervisora clínica e palestrante. É fundadora da Clínica Naiara Mariotto, em Araraquara (SP), onde oferece atendimentos para crianças, adolescentes, adultos, casais e famílias, além das terapias corporais e relaxantes. 


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