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terça-feira, 3 de dezembro de 2019

5 dicas para diminuir o estresse dos cães com os fogos de artifício na virada do ano



Fogos de artifício colocam pets em risco, pois os bichinhos podem entrar em pânico e tentar escapar do local a qualquer custo; especialista em comportamento animal dá dicas para minimizar o problema


Com a chegada das comemorações de final de ano, é quase impossível encontrar um lugar em que não existam pessoas soltando fogos de artifício como uma maneira de celebrar. Mas os que acabam se prejudicando são os pets, pois a audição dos animais é bem mais aguçada que a dos humanos, e muitos costumam sofrer com medo excessivo do barulho dos fogos.

O adestrador e especialista em comportamento animal Cleber Santos, proprietário da ComportPet, explica que  os cães entram em um estado de estresse intenso com o som alto dos fogos, ficando desesperados e podendo tentar fugir por janelas, sacadas ou portões, o que coloca a segurança  deles em risco. Por isso, os fogos de artifício são um perigo em potencial muito grande para muitos cachorros.

"Nessas horas, nem todos sabem como agir para tentar acalmar os bichinhos e, por falta de informação, podem acabar até mesmo agravando o estresse do animal. É fundamental que os tutores estejam preparados para proteger seu cão da exposição ao barulho dos fogos", completa.
Confira as dicas do especialista:


Aprenda a condicionar seu cão com antecedência

É importante condicionar o cão ao som alto dos fogos diariamente, assim o estresse do animal com o ruído será cada vez menor.  Além disso, o treinamento deve ser diário e durar cerca de 20 minutos. Uma boa estratégia é fazer com que o cão se alimente ouvindo o som defogos. Assim, irá associar à alimentação, a uma coisa positiva. O tutor deve ligar o som e em seguida oferece alimentação para o pet.

"Este treinamento pode ser feito em casos de filhotes e de animais que não apresentam um nível de estresse tão alto com o barulho. Toda vez que o dono ligar o som, ele ganhará comida. Também é possível associar o som irritante a petiscos e brinquedos. Quanto mais for feita essa associação, mais rapidamente esse cão irá perder esse medo", aponta.


Coloque música para trazer tranquilidade

Fazer uso de outros sons para abafar o barulho intenso vindo dos fogos ajuda para que o animal fique menos conectado ao som principal. "Se possível, abafe  ao máximo o barulho dos fogos, fechando portas e janelas. Depois, coloque uma música tranquila, que ajudará a proporcionar um ambiente mais calmo. O uso de florais também é indicado para manter o cão mais relaxado e com menos medo", indica Cleber.


Proporcione um espaço adequado

Geralmente, em casos de estresse, os pets costumam procurar um local  para se esconder, por isso é importante criar um ambiente só para ele, que seja seguro e que não possibilite fugas.

"Deixe seu cão em um quarto tranquilo e onde fique isolado do barulho, com tela de proteção na janela. Ligue um som relaxante dentro do quarto, para abafar o som alto dos fogos que está vindo de fora. Dessa forma, o cão se sentirá mais confortável", diz.


Dar carinho sem sempre é a melhor saída

Um erro comum dos tutores é colocar o cãozinho no colo ou fazer carinho para tentar "distraí-lo" do ruído. "Não é recomendado dar carinho ao animal, pois se o dono agir dessa forma, estará ensinando o cão que, cada vez que ele sente medo, ganha carinho. Por isso, a melhor forma é deixar o cão seguro, quieto em um quarto separado", explica Santos.


Evite deixar o cão sozinho

Deixar o bichinho sozinho em casa nos momentos em que o barulho dos fogos tende a ser intenso - como, por exemplo durante a 00h da noite de Réveillon- irá deixá-lo ainda mais estressado. "Quando o cão fica com muito medo, pode entrar em pânico e tentar fugir. Caso o tutor precise se ausentar, o ideal é recorrer a um hotel para cães, que tenha uma equipe especializada para dar suporte aos animais", recomenda.





Cleber Santos - Especialista em comportamento animal, atua como adestrador de cães há 12 anos, quando cuidava do canil de treinamento durante o serviço militar. Trabalhou para grandes canis do interior de São Paulo, treinando cães de policiais de todo o Brasil. Além da experiência profissional, fez diversos cursos, estágios e especializações, inclusive em outros países - Canadá, Estados Unidos, Argentina, Chile e Alemanha. Desde 2010, está também à frente da ComportPet, centro que oferece consultoria comportamental, adestramento e serviços de hotelaria e creche, além de atendimento veterinário, estética animal e terapias alternativas para pets, como a musicoterapia. É um dos únicos profissionais do Brasil que também adestra gatos, e vem sendo requisitado como adestrador de pets de famosos, entre eles o DJ Alok.


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