Muito tem se falado sobre o conflito de gerações
dentro das empresas. É a primeira vez que vemos, três, quatro e até cinco
gerações trabalhando juntas, num mesmo ambiente. Basicamente, as gerações são
influenciadas pelos contextos sociais, econômicos e históricos que viveram em
determinada fase da vida. Isso influencia seus comportamentos e atitudes,
fazendo com que muitas vezes, uma geração não consiga compreender muito bem a
outra.
Embora vasta, a literatura sobre o tema não é
unânime sobre as datas de nascimento de cada geração. Mas, em geral, os
chamados Tradicionalistas reúnem pessoas nascidas entre os anos de 1925 e 1945.
Os baby
boomers, são nascidos entre 1945 e 1965. Na sequência, está a
chamada Geração X, entre 1965 e 1980. Aí vem a Geração Y, entre 1980 e 1995.
Seguida pela Geração Z, entre 1995 e 2010. De 2010 em diante, está a caçula
Geração Alpha. Vamos conhecer melhor cada uma delas?
Tradicionalistas: eles
viveram a 2º Guerra Mundial e foram marcados por grandes crises econômicas.
Essas pessoas vivenciaram muita escassez. Por esse motivo, costumam ser mais
rígidas e não tem problemas em respeitar regras. Seus principais valores são a
família, o trabalho e a moral. Eles valorizam o comprometimento e a lealdade.
Essa geração prefere a estabilidade.
Baby Boomers:
vivenciaram a Guerra do Vietnã e a Guerra Fria, o que influenciou
fortemente a visão política desta geração, que é a criadora do movimento
hippie. Foram agentes de grandes transformações políticas e sociais, inclusive
sobre o papel da mulher na sociedade. Esta geração estabeleceu um estilo de vida
que se segue até hoje, relativo ao casamento, compra da casa, do carro e a
busca do tempo destinado ao lazer.
Geração X: viveram a queda do Muro de
Berlim, o fim do Apartheid e as ditaduras na América Latina. Acabaram não
ficando nem de um lado e nem do outro, quando já chegava a era digital. Se
mostraram transgressores, com posturas que não necessariamente estão alinhadas
aos preceitos de liberdade pregados pela geração anterior. Entre as
características predominantes, estão a busca por seus direitos, a liberação
sexual, bem como a valorização do sexo oposto.
Geração Y: também é chamada de millenials,
por serem os primeiros a chegarem à idade adulta após a virada do milênio. Eles
procuram ser mais comprometidos com a coletividade, otimistas em relação ao futuro
e com maior consciência social e ambiental. São propensos a fazer voluntariado
e atuar por uma causa relevante aos seus valores. Mais informais, são agitados
e vivem em uma espiral de informação que os torna cada vez mais impacientes e
imediatistas.
Geração Z: é formada pelos chamados
nativos digitais, que nasceram após o surgimento da internet, já em uma
sociedade voltada às tecnologias da informação. Entendem de forma diferente das
gerações anteriores questões como privacidade, temporalidade, coletividade e
virtualidade. Os dispositivos eletrônicos são entendidos como extensões do ser
e não existe diferença entre vida on e offline.
Geração Alpha: como ainda
são crianças, sabe-se pouco sobre seus comportamentos. Especialistas ainda
especulam sobre os impactos da hiperconexão desde a primeira infância. Nas
escolas, a tendência é que o foco deixe de ser o conteúdo para se tornar o
aluno. Ele é quem está no centro. Os estímulos sensoriais tendem a ser cada vez
maiores. Um mundo era hierárquico, cheio de regras, não faz mais sentido para
essa geração. Eles vão se tornar adultos numa sociedade muito mais horizontal.
Cabe destacar que não existe uma geração melhor que
a outra. Cada uma tem as suas características, especificidades, comportamentos
e desafios. Um ambiente de trabalho diverso, com profissionais em diferentes
momentos de vida e de carreira só tende a beneficiar a todos. Uma convivência
harmônica e proveitosa começa pelo respeito a cada uma delas.
Marília
Cardoso - jornalista, com pós-graduação em Comunicação
Empresarial, MBA em Marketing e pós-MBA em inovação. É empreendedora, além de
coach, facilitadora em processos de Design Thinking, consultora e professora de
inovação. É fundadora da InformaMídia, agência de comunicação, e
sócia-fundadora da PALAS, consultoria de inovação e gestão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário