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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

Educação Financeira como conteúdo escolar


Estabilidade econômica, noção de juros e moras, controle de mesadas e prioridades na hora de escolher com o que gastar. Parece impossível, mas essas noções podem ser facilmente compreendidas por crianças e adolescentes quando ensinadas desde pequenas sobre a importância da responsabilidade com as finanças.

Dois colégios da cidade de São Paulo aplicam a educação financeira na disciplina de matemática desde o Ensino Fundamental I até o Ensino Médio. No Liceu Coração de Jesus, região central da cidade, as crianças, a partir dos seis anos, têm aulas lúdicas para conhecimento das cédulas e o valor de cada uma delas. De acordo com a Coordenadora Pedagógica da Educação Infantil e Ensino Fundamenta I, Angélica Biazioli, as atividades propostas precisam ser realizadas com brincadeiras e aplicações práticas. “Criamos um mercadinho na sala de aula, com embalagens reutilizadas, colocamos os preços fictícios, e com cédulas de brinquedos os alunos são desafiados a “ir às compras”. Assim, eles aprendem sobre prioridades, valores, desejo e necessidade na hora de comprar”, explica.

Para os adolescentes e pré-adolescentes, o controle das economias já é mais real. Seja na compra de lanche na cantina da escola, ou no recebimento de valores pelos pais, para passeios com a turma ou escolha de presentes mais caros, esses “novos consumidores” precisam compreender o que significam os juros, e quais as consequências do mau uso do dinheiro.


“Dentro da matemática podemos abordar juros simples e compostos, parcelamentos, o perigo de dever o cartão de crédito e as possibilidades de conquistar um produto dos sonhos com economia inteligente do dinheiro, e pesquisas de preços. Muitas vezes os alunos ficam surpresos ao descobrir que os juros são altos e que vale mais a pena poupar e esperar, do que fazer um grande parcelamento”, afirma Luciano Ishihara Soares de Castro, Coordenador Pedagógico na Colégio Salesiano Santa Teresinha.

 

De acordo com dados recentes do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 32% da Geração Z está inadimplente. Essa geração abrange pessoas até 21 anos, cerca de 13 milhões, com valor médio de R$ 1.676,00 de dívida. Para os coordenadores dos dois colégios, um caminho para minimizar a má administração dos jovens de hoje, e daqueles que estão se formando, é investir na educação financeira, em parceria com as famílias. Os resultados das aulas são animadores: cada vez mais crianças e adolescentes compartilham com seus pais o que aprendem, e reforçam que o caminho da educação é promissor em vários aspectos, inclusive no âmbito econômico.




Liceu Coração de Jesus
Alameda Dino Bueno, 285 – Campos Elíseos




Colégio Salesiano Santa Teresinha
Rua Dom Henrique Mourão, 201 – Santa Terezinha
www.salesianost.com.br

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