Setembro é o mês marcado por
ações de conscientização sobre a doença e importância do cuidado com a saúde
dos idosos
Já existem mais de um milhão e
seiscentas pessoas acometidas pelo Alzheimer no Brasil, segundo dados da
Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz). A previsão é de que o número de
casos no mundo atinja 135,5 milhões até 2050, de acordo com a Organização
Mundial da Saúde (OMS). O dia 21 de setembro é Dia Mundial da Conscientização
sobre a Doença de Alzheimer, por isso, ao longo de todo o mês, diversos órgãos
e instituições do Brasil realizam uma campanha para promover os cuidados com a saúde
dos idosos e informar sobre a patologia.
Com o aumento da expectativa de
vida da população e, consequentemente, do número de idosos no País, é preciso
cada vez mais que as famílias estejam informadas sobre a doença, para que seja
feito o diagnóstico precoce, elemento que é essencial para proporcionar um
aumento na qualidade de vida dos pacientes.
O Alzheimer é uma doença
neurológica degenerativa, progressiva e irreversível, caracterizada por perdas
graduais da função cognitiva (atenção; concentração; raciocínio; memória), e
distúrbios do comportamento (agressividade; irritabilidade) e afeto. A doença é
o tipo de demência mais comum e reduz a capacidade de trabalho e relação
social, interferindo no comportamento e na personalidade do indivíduo.
A terapeuta ocupacional e
coordenadora do Núcleo da Terceira Idade da Holiste, Michelle Campos, aponta
que o prognóstico da doença de Alzheimer é difícil, pois a patologia
progressivamente vai incapacitando o indivíduo, e interferindo na realização de
tarefas básicas, como se vestir, tomar banho, alimentar-se, dentre outras.
Michelle explica que ocorrem
diversas alterações na cognição, no comportamento e no humor do paciente. Um
dos sintomas mais típicos do mal de Alzheimer é a perda da memória. “Geralmente
a memória antiga é preservada por mais tempo, porém os fatos que acontecem
recentemente são esquecidos facilmente”, pontua.
O psiquiatra da Holiste, André
Gordilho, salienta que nem sempre é fácil chegar ao diagnóstico rapidamente e
reforça o papel da família.
“Na grande maioria dos casos, o
idoso só procura ajuda especializada quando uma outra pessoa percebe os
sintomas e tem a iniciativa de agendar uma consulta, não raro à contragosto do
paciente. Essa teimosia característica da terceira idade deve ser observada com
atenção, pois, muitas vezes isso já é sintoma”, observa. O médico enfatiza que
a melhor forma de abordar o idoso é com carinho, tentando apresentar a
situação.
Segundo Michelle Campos,
o tratamento indicado para estes pacientes é no intuito de retardar o avanço da
doença. “O objetivo da terapêutica é retardar a evolução e preservar, por mais
tempo possível, as funções cognitivas, a autonomia e independência na
realização das atividades de vida diária. Além de planejar uma rotina, promover
integração social e realizar orientação familiar”, explica.
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