Camilla Couto
traz um tema que pode agitar as relações: a primeira viagem de um casal.
Desafiadora ou extremamente prazerosa?
Toda relação começa cheia de expectativas e quando
surge a primeira oportunidade de viajar, além da ansiedade, a pressão pode ser
ainda maior para que tudo saia como esperado e tudo dê certo. Para Camilla
Couto, orientadora emocional para mulheres com foco em relacionamentos, essa
situação é muito comum e precisa ser avaliada com carinho: “antes de tudo,
reflita: o que é dar certo? É quando tudo sai de acordo com o que esperamos? E
quais as chances de isso acontecer na prática?”, sugere.
Para Camilla, temos uma grande questão existencial
que é a da felicidade constante: “imaginamos que, pelo fato de não sermos
felizes o tempo todo, não somos felizes e ponto final. Quando aliamos a
necessidade de controle à essa questão, restringimos ainda mais a nossa
felicidade. Pois, se para sermos felizes temos que estar no controle dos
acontecimentos, das situações e até das pessoas, temos um grande problema”,
reflete a orientadora, que complementa: “a grande verdade é: nada está sob
nosso controle e não somos felizes o tempo todo. Assim como nós, seres humanos,
somos inconstantes (ora nos sentimos felizes, ora tristes, ora com raiva,
etc.), uma relação não é alegre, leve e satisfatória o tempo todo. E isso não
significa que ela não seja saudável e construtiva”.
A função primordial das relações humanas é a do
aprendizado e do crescimento mútuo. Camilla lembra que convivendo, aprendemos a
ceder, a compreender, a perdoar, a nos posicionar, a lidar como nossas emoções,
e uma série de outros comportamentos que fazem de nós, pessoas melhores. “Um
relacionamento amoroso saudável acontece entre duas pessoas adultas, completas
e maduras, e é fundamentado na troca equilibrada e na sexualidade”, enfatiza
ela. Certamente, atingir e manter uma troca equilibrada entre o casal nem
sempre é fácil. E na situação de uma viagem a dois, principalmente na primeira,
a importância da troca pode tomar proporções inesperadas.
Diferentemente da rotina do dia a dia, numa viagem
o casal tende a ficar um na companhia exclusiva do outro, 24 horas por dia, e é
então que as coisas acontecem e fogem do controle: “ambos precisam estar
preparados para lidar com as situações e reações inesperadas, e com novos
desafios”, lembra a orientadora. Ela também complementa: “é fundamental que os
dois estejam disponíveis para lidar com o inusitado, tenham uma dose extra de
compreensão e estejam prontos, também, para conhecer o lado mais profundo do
outro. Fora do aconchego do lar, é possível que ambos se sintam menos acolhidos
e mais na defensiva, e é aí que brigas, muitas vezes desnecessárias, podem
acontecer”.
E qual a solução? Para Camilla, é estar aberta,
diminuir as expectativas e encarar tudo com o máximo de leveza possível. “Uma
viagem é um momento de lazer, e não se pode esperar que a ordem diária seja
mantida. Férias são essencialmente uma quebra nessa ordem. Então, aproveite o
inusitado”! Ela dá uma receita:
O que levar na mala: descontração,
leveza, compreensão, paciência, espírito de parceria e uma boa dose de
bom-humor.
O que não levar na mala:
expectativas altas demais, cobranças, egoísmo e má disposição.
E quando a primeira viagem é de lua de mel?
Dica da orientadora: “nos tempos atuais, os casais
dificilmente seguem a ordem namoro-casamento-lua de mel. Então, a primeira
viagem nem sempre é depois de casados, quase nunca, talvez. Mas, e se for?
Viajar como namorados pode ser mais leve, porque não tem o “peso” que o
compromisso pode trazer para algumas pessoas. Por outro lado, é o momento de
atingir a intimidade mais desejada, realizar um grande sonho, e viver e
comemorar um amor, digamos, já professado. Certamente os desafios de qualquer
viagem de casal permanecem, portanto, use e abuse da coragem para se mostrar
por inteiro e da compreensão e da paciência para acolher o outro tanto durante
os momentos mais agradáveis do passeio quanto nos imprevistos”.
Camilla Couto - Orientadora Emocional para
Mulheres, com foco em Relacionamentos. Criadora/ autora do Blog das Amarildas e
fundadora do PAR - Programa Amarildas de Relacionamentos. Orientadora
emocional, Terapeuta Floral (TF-153-17/SP) e Contoterapeuta, viveu durante 8
anos no exterior conhecendo diferentes culturas e comportamentos. No blog
amarildas.com.br, compartilha seus estudos sobre amor, relacionamentos e
dependência emocional - com o propósito de promover mais entendimento sobre
esses temas e de incentivar as mulheres a se amarem e valorizarem cada vez
mais.
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