Análise da GFK revela que gordura trans, gordura saturada, conservantes,
corantes, açúcar branco e sal/sódio estão entre os principais vilões para os
consumidores.
O
Brasil é um dos países onde a preocupação com a saúde é altíssima e crescente.
Talvez por conta de alguns índices extremamente preocupantes. Entre eles, que
25% dos brasileiros sofrem de hipertensão arterial e este percentual sobe a
partir dos 55 anos, 40% tem problemas com colesterol alto, 8% tem diabetes e um
a cada três adultos com mais de 18 anos está com excesso de peso e 10% é
considerado obeso. Sem dúvida, são números alarmantes. E podem ser a explicação
de porque os brasileiros, cada vez mais, preocupam-se com os ingredientes
daquilo que consomem. É o que revela o mais recente estudo da GfK,
uma das mais respeitadas empresas globais de pesquisa, sobre os ingredientes
que os brasileiros consideram serem as maiores ameaças à s ua saúde.
Na
comparação com o resto do mundo, o consumidor brasileiro, em média, tem um
interesse por alimentos saudáveis 9% acima da média global: 70% no Brasil,
contra 61% no resto do mundo e 66% na América Latina. 86% dos brasileiros dizem
evitar alimentos processados, no resto do mundo esse número é de 73% e na
América Latina 82%. Ainda na liderança da média global, 73% dos consumidores do
Brasil dizem buscar alimentos nutritivos contra 63% da média global e 72% dos
latino-americanos.
Outra
conclusão que o estudo revelou foi que o brasileiro se julga consciente dos
ingredientes que são potencialmente prejudiciais dos alimentos e bebidas que
tenham em casa. “Porém, mesmo que avaliem a tabela nutricional dos produtos em
seus rótulos, ainda tem duvidas como Até quanto de carboidrato/açúcar é nocivo,
por exemplo”, afirma Renato Oliveira, diretor da GfK e coordenador do estudo.
Na mesma direção, ainda segundo a GfK, 66% dos brasileiros consideram
importante que as informações dos rótulos sejam fáceis de ler e entender,
contra 58% da média global. “Na opinião dos entrevistados, um produto saudável
é caracterizado pela redução de ingredientes considerados prejudiciais à saúde”
pondera Renato. Entre os maiores vilões, lideram a lista, pela ordem das
citações, as gorduras trans ou hidrogenadas para 65% dos ouvidos, a gordura
saturada para 64%, conservantes 64%, corantes 58%, açúcar branco 54% e
sal/sódio também 54%.
Entre
os alimentos e bebidas considerados mais prejudiciais à saúde, os refrigerantes
são os mais citados pelos entrevistados com um percentual de 36%, com a
justificativa de conter açúcar, gás, conservantes, corantes e aromas. Logo em
seguida, citada por 34% dos consultados vem as bolachas doces e para 33% as
salgadas, ambas pela presença de carboidratos, corantes, conservantes, gorduras
e glúten. No caso das doces, os consumidores também citaram a presença de
açúcar como item presente e prejudicial. Os salgadinhos vem logo a seguir como
produto prejudicial para 32% dos consultados pelo estudo.
Já
entre os produtos que as famílias mais citaram terem reduzido o consumo em suas
casas, a lista é encabeçada pelos refrigerantes, seguidos por frituras, sucos
em pó, embutidos, fast foods, congelados, e sopas industrializadas. A principal
razão para a redução destes (e de outros) produtos foi a presença, pela ordem,
de gorduras (trans e saturadas), açúcar e sódio especialmente.
O estudo também identificou quais os principais efeitos negativos de cada
ingrediente, na opinião dos consumidores brasileiros. A gordura saturada é
citada por 80% dos respondentes como associada a aumentar o colesterol, por 67%
como um ingrediente que engorda e por 61% que aumenta o risco de doenças
cardiovasculares e hipertensão. Já o açúcar branco é citado por 80% dos
consultados como um produto que engorda, por 71% que aumenta o risco de
diabetes e por 62% que produz cárie. O sódio é citado por 79% dos respondentes
como um produto que aumenta o risco de doenças cardiovasculares e hipertensão.
“Por outro lado, o adoçante, que em países desenvolvidos é considerado um
temido vilão, aqui no Brasil é citado por apenas 35% dos ouvidos como um
produto que aumenta o risco de diabetes e por outros 35% de que aumenta o riso
de c& acirc;ncer”, finaliza Renato.
Sobre a GfK: A GfK é uma corporação global nascida na
Alemanha, em 1934. Listada na bolsa de valores de Frankfurt, há mais de 80 anos
é fonte confiável de informações relevantes sobre mercados e consumidores,
permitindo que seus clientes – varejo e indústria - tomem decisões mais
assertivas em seu cotidiano. A GfK conta com mais de 13 mil especialistas
em pesquisa de mercado que combinam a paixão pelo que fazem com uma longa e vasta
experiência em ciência de dados. Isso permite que a GfK forneça insights
globais, combinados à inteligência de mercado local, em mais de 100 países.
Através de tecnologias inovadoras e da interpretação de dados, a GfK transforma
o big data em dados inteligentes, possibilitando que seus clientes alavanquem
sua vantagem competitiva, enriquecendo suas experiências, b em como as escolhas
dos consumidores.
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