O Ministério da Saúde fez um
alerta essa semana para que estados e municípios aumentem a vigilância e
vacinação contra a poliomielite. A ação foi motivada depois de um caso de uma criança venezuelana
de 2 anos, de etnia indígena foi diagnosticada com poliomielite.
De acordo com o Ministério da Saúde, a paralisia
infantil já foi erradica, mas um caso já é considerado surto. Depois da
confirmação, a vigilância epidemiológica encontrou mais algumas ocorrências de
paralisia também em crianças, em uma comunidade vizinha, que continuam sob
investigação.
O último caso da doença no DF aconteceu há 28 anos. A
pediatra Andréa Kasmim explica que não é preciso ter pânico, mas é necessário
vacinar as crianças e acompanhar a situação de perto. “As fronteiras entre
Brasil e Venezuela são muito próximas, temos um número importante de
venezuelanos refugiados no Brasil, então o serviço de saúde brasileiro precisa
ficar atento”, reforça a médica.
A poliomielite ou paralisia infantil é uma doença provocada
por vírus que afeta o sistema nervoso e pode levar à paralisia irreversível dos
membros. “A vacina é a única forma de proteger a criança
contra paralisia infantil. Ela é
feita de graça e está disponível em toda a rede pública. No primeiro ano de
vida, ela é feita com o vírus morto. Já nos reforços de 1 ano e 3 meses e de 4
anos, o vírus é o atenuado”, explica Dra. Andréa Kasmim.
A pediatra ressalta que a doença é causada pelo
poliovírus, que pode ser transmitido pelo contato direto com pessoas
infectadas, principalmente por fezes, muco e catarro, mas também pode ser
transmitido pelo ar. O vírus se reproduz no intestino, mas ataca o sistema
nervoso, destruindo neurônios e provocando paralisia total ou parcial.
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