Foto: Pixabay
Mesa tradicional russa inclui sopas como a borscht,
feita de beterraba, saladas, vegetais em conserva, o creme azedo smetana e
vodca para acompanhar
Nem só de estrogonofe vive o russo. Aliás, com esse
nome, o prato querido dos brasileiros nem vai ser reconhecido por lá. Se for ao
país, procure por strogonoff ou strogonov nos cardápios, caso tenha a sorte de
encontrar um menu escrito no nosso alfabeto. Se estiver em cirílico, o nome do
prato é Биф строганоф. Também não
adianta ter muita esperança de saborear uma porção crocante de batata palha, já
que é provável que o acompanhamento seja purê de batatas.
A sede da Copa do Mundo de 2018 é rica em sabores.
Seu vasto território e as diversas influências estrangeiras ajudaram a montar
um cenário gastronômico repleto e não tão diferente do nosso, como explica o
professor de Cozinha das Escolas Técnicas Estaduais (Etecs) Santa Ifigênia e
Uirapuru, na Capital, Gustavo Castro. No curso, a disciplina de cozinha
internacional leva os futuros cozinheiros a todos os continentes por meio de
suas tradições e técnicas gastronômicas.
“Por ser um país de grande proporção, a Rússia tem
uma variedade abundante de produtos, entre eles a carne de caça, como patos,
faisões, galinholas e javalis. Também cultivam hortifrútis como repolho,
beterraba, pepino e o trigo sarraceno, cereal que não faz parte da família do
trigo comum”, explica. “Há ainda diversas raças de bovinos, ovinos e caprinos.
Sem contar as variedades de peixes, tanto de água doce como salgada, como
esturjões, salmões, trutas e carpas, dos quais se retiram o famoso e célebre
caviar.”
O inverno rigoroso também influencia a culinária,
que conta com algumas técnicas para preservar os alimentos, como a conserva,
salga e defumação. “Os russos também apreciam sopas com diferentes ingredientes
e o chá é uma das bebidas mais consumidas”, conta Castro. Hospitaleiros, eles
presenteiam seus convidados com canapés, os zakouski. Também apreciam a vodca,
destilado de cereal cuja tradução, acredite, é “aguinha”.
Veja algumas iguarias apreciadas na Rússia:
Estrogonofe
Prato de carne picada servida com smetana (saiba
mais abaixo). Foi se modificando antes de chegar ao Brasil e se popularizar por
aqui com cogumelos e creme de leite.
Borscht
A sopa russa de beterraba que se difundiu pelo
mundo, na verdade, tem origem ucraniana. Pode levar outros vegetais, como
cenoura e cebola, e também caldo de carne.
Arenque sob um casaco de pele
O peixe salgado é uma constante na mesa russa. O
prato é uma montagem diferente de salada: além do peixe, leva cenoura,
beterraba, batata, cebola e maionese. A refeição aparece especialmente nas
festas de Ano Novo.
Salada olivier ou salada russa
Sabe aquela salada de maionese do almoço de
domingo? Pois é inspirada na salada mais popular da Rússia. Bem tradicional,
foi sendo modernizada e hoje pode levar ovos, picles, batata cozida, ervilhas e
maionese.
Kholodets
Essa entrada talvez seja o prato mais estranho da
lista para o nosso paladar. O kholodets é uma gelatina de carne, servida
desenformada como um pudim, com pedaços de cortes bovinos ou suínos. Foi uma
maneira que os russos encontraram de conservar melhor a carne.
Pelmeni
Parecido com o ravióli, mas nascido na Sibéria, a iguaria
consiste em uma massinha fina recheada de carne bem temperada, cozida em água e
sal e servido com manteiga, smetana ou molho.
Smetana
Vale citar esse ingrediente, pois ele é
acompanhamento de diversos preparos. Trata-se de uma espécie de creme azedo,
servido sobre massas, sopas, doces, panquecas…
Caviar
Iguaria rara e cara no Brasil, o caviar é barato e
popular na mesa russa e acompanha as refeições. É servido sobre os blinis,
pequenas panquecas russas, e outros pratos.
Centro Paula Souza – Autarquia do Governo do Estado de São Paulo
vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e
Inovação, o Centro Paula Souza administra as Faculdades de Tecnologia (Fatecs)
e as Escolas Técnicas (Etecs) estaduais, além das classes descentralizadas –
unidades que funcionam com um ou mais cursos técnicos, sob a supervisão de uma
Etec –, em aproximadamente 300 municípios paulistas. Nas Etecs, o número de
matriculados nos Ensinos Médio, Técnico integrado ao Médio e no Ensino Técnico,
para os setores Industrial, Agropecuário e de Serviços, ultrapassa 211 mil
estudantes. As Fatecs atendem mais de 81 mil alunos nos cursos de graduação
tecnológica.
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