Governo
assina primeiro pedido da rivastigmina adesivo transdérmico para doença que
atinge
cerca de 47 milhões de pacientes e é a maior responsável por casos de demência
cerca de 47 milhões de pacientes e é a maior responsável por casos de demência
O
Ministério da Saúde assinou o primeiro contrato para a compra de rivastigmina
adesivo transdérmico para o tratamento do Alzheimer, uma das dez doenças que
mais causam mortes no Brasil. A disponibilização a pacientes do sistema público
será feita nas apresentações de 5cm e 10cm.
Trata-se
de tratamento para Alzheimer em formato de adesivo. Com mecanismo de ação
transdérmica, libera a medicação no organismo ao longo do dia e, por não ter absorção
no estômago, gera menos efeitos colaterais para o sistema digestivo¹׳².
Este
adesivo proporciona maior praticidade ao cuidador, por conta da facilidade de
manuseio e da garantia de que o paciente realmente recebeu a dose diária
correta. Isso porque, por se tratar de uma doença que incide principalmente em
idosos, os comprimidos, muitas vezes, são perdidos antes de serem levados à
boca ou não são engolidos pelo paciente.
Impacto
da doença
No
mundo, estima-se que 47 milhões de pessoas sofram de demência e, a cada ano,
cerca de 10 milhões de novos casos são registrados. Segundo a Organização
Mundial de Saúde (OMS), a DA é responsável por 60% a 70% dos casos de demência,
representando perda de qualidade de vida para os pacientes e familiares.
No
Brasil, a doença impacta a vida de aproximadamente 1,2 milhão de pessoas. E a
tendência é de que o cenário seja ainda mais desafiador. Isso porque, segundo o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população idosa no
país deve triplicar até 2050, acarretando o aumento de casos de Alzheimer.
Causas
e sintomas
Segundo
a OMS, apesar de ser uma doença que incide principalmente sobre pessoas idosas,
o aparecimento de sintomas antes dos 65 anos de idade representa cerca de 9%
dos casos. A doença está associada ao aparecimento anormal de placas senis no
cérebro, decorrentes do depósito de proteína beta-amiloide. Além disso,
está relacionada a emaranhados neurofibrilares, frutos da hiperfosforilação da
proteína tau.
No
início, os sinais da doença podem ser sutis, mas são agravados com o tempo.
Entre os principais sintomas estão a dificuldade de memória (especialmente de
acontecimentos recentes), discurso vago durante as conversações, demora em
atividades rotineiras, esquecimento de pessoas e lugares conhecidos,
deterioração de competências sociais e imprevisibilidade emocional.
Tratamento
precoce
A
Doença de Alzheimer não possui cura. No entanto, se diagnosticada no início, o
tratamento adequado ajuda a impedir o avanço da doença e amenizar seus
sintomas, proporcionando melhor qualidade de vida ao paciente. Além disso,
atividades cognitivas, sociais e físicas beneficiam a manutenção de habilidades
mentais e favorecem sua funcionalidade.
No
Brasil, algumas associações ajudam no suporte a pacientes, familiares e
cuidadores, como a Associação
Brasileira de Alzheimer (ABRAz), a Associação Maior Apoio ao Doente de
Alzheimer (AMADA), o Instituto Alzheimer Brasil e a
Associação de
Parentes e Amigos de Pessoas com Alzheimer (Apaz).
De
acordo com a Constituição Federal, o sistema público de saúde deve fornecer o
acesso gratuito ao tratamento completo para a doença, envolvendo a medicação
indicada. Para isso, o paciente deverá procurar seu médico para orientá-lo no
processo de obtenção do medicamento. De acordo com o Protocolo Clínico de Diretriz de
Tratamento³
(PCDT) do Ministério da Saúde, geriatras, neurologistas, psiquiatras ou
qualquer médico especialista no tratamento de demências podem prescrever
medicações para o tratamento de Alzheimer.
Novartis
Referências:
1 - Bula do produto Exelon® Patch (rivastigmina) adesivo
transdérmico (aprovado pela ANVISA em 26/02/2018):
2 - Winblad B et al. IDEAL:
a 6-month, double-blind, placebo-controlled study of the first skin patch for
Alzheimer disease. Neurology. 2007 Jul 24;69(4 Suppl 1):S14-22.3-Adaptado de:
Gauthier S et al. EXACT: rivastigmine improves the high prevalence of attention
deficits and mood and behaviour symptoms in Alzheimer’s disease.
3 - Protocolo Clínico de
Diretrizes terapêuticas Doença de Alzheimer: http://conitec.gov.br/images/Relatorios/2017/Recomendacao/Portaria_Conjunta_13_PCDT_Alzheimer_28_11_2017.pdf
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