A
Semana “Neuro em Ação”, promovida pela Sociedade Brasileira de Neurocirurgia
(SBN) segue até a próxima sexta-feira (15), no país
Com
o slogan “Use a Cabeça, Proteja seu Corpo” Nos dias 11 a 15 de setembro a
Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN) promove a Semana “Neuro em Ação”,
divulgando nas principais capitais e cidades do país alertas sobre “Mergulho em
Águas Rasas”, Celular e Direção” e “Postura e Lombalgia.
Mais
de três mil profissionais e acadêmicos de medicina participam da campanha
com palestras, panfletagens em semáforos e locais públicos, além de
caminhadas de conscientização.
O
objetivo é prevenir traumas medulares, evitando acidentes por falta de cuidados
no mergulho em águas rasas e pelo uso do celular na direção, além de lesões e
dores na coluna, resultado de má postura no dia a dia.
As
ações educativas que envolvem a campanha acontecem de forma simultânea nas
principais capitais e cidades brasileiras, com participação de especialistas em
neurocirurgia, neurologia, coluna vertebral, tratamento da dor, dentre outros
médicos.
A
campanha faz parte das comemorações dos 60 anos da SBN e compõe o projeto
“Pense Bem”, ação da entidade para educação preventiva a acidentes com
traumatismo cranioencefálico (TCE).
Mergulho em Águas Rasas
O
objetivo da campanha é lembrar que, ao mergulhar, uma pessoa pode bater a
cabeça diretamente no fundo do rio, da piscina ou açude, por exemplo e sofrer
um impacto direto ou indireto na coluna, resultando em lesões permanentes.
De
acordo com o neurocirurgião Andrei Fernandes Joaquim, os traumas mais comuns
com a falta de cuidado nos mergulhos são as lesões cervicais, que, podem variar
de um simples estiramento muscular até graves explosões das vértebras com lesão
medular. A maior parte das vítimas são do sexo masculino, cerca 90% com cerca
de 23 anos. Dentre eles, 50% confirmaram o uso de álcool durante o
mergulho.
O
local de maior risco de incidente é o mar (45%), seguido por piscinas e rios
(20% cada); recifes (11%) e barragens (4%.)
Assim
como o tipo de lesão, o tempo de recuperação também é variável. Mas, o mais
grave, é que ao menos 50% dos pacientes sofrem déficit neurológico completo.
Dependendo da lesão, a recuperação pode não ocorrer.
Celular e Direção
Uma
outra vertente da campanha é o uso do celular na direção, ato cada vez mais
comum no trânsito. O neurocirurgião Mauro Suzuki chama a atenção para as
consequências da distração, como as colisões e os atropelamentos, que costumam
acontecer em trechos urbanos próximos a semáforos luminosos. O resultado inclui
longos tratamentos, sequelas e, até mesmo, óbitos.
Para
Suzuki, é impossível digitar e dirigir sem que haja algum prejuízo sensorial
quanto a atenção, mas grande resistência de evitar a falta de atenção no
volante vem de jovens e adolescentes, que cresceram em meio ao uso abusivo de
smartphones.
De
acordo com o Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV), 90% dos
acidentes ocorrem por falhas humanas, que podem envolver desde a desatenção dos
condutores até o desrespeito à legislação, causadas, dentre outros, por uso do
celular no trânsito. O acidente pode ocorrer quando o motorista tira uma das
mãos do volante para discar um número no telefone ou digitar uma mensagem de
texto. As duas mãos na direção são cruciais para efetuar manobras de
emergência. O som do telefone e das mensagens que chegam também fazem com que o
motorista perca a percepção auditiva de sirenes ou buzinas de outros veículos
no trânsito.
Postura e Lombalgia
O
terceiro pilar da campanha é Postura e Lombalgia. O neurocirurgião Paulo Porto,
explica que a postura inadequada no ambiente de trabalho é o fator de maior risco
para o surgimento de lesões e, por consequência, de dores.
O
especialista lembra que, além de altura mal regulada do computador, mesa e
cadeiras, o modo incorreto de levantar objetos pesados ou crianças do chão são
formas de prejudicar a coluna, resultando em lombalgia.
Os
três pilares abordados pela campanha da SBN envolvem aspectos passíveis de
prevenção de lesões que podem levar à incapacidade no trabalho, deficiências
diversas (momentâneas ou permanentes) e, até mesmo, à morte.
“Por
isso, persistimos nas ações preventivas”, complementa o neurocirurgião Carlos
Drummond, responsável pela coordenação do programa Pense Bem.
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